sexta-feira, 23 de junho de 2017

Na VEJA - O presidente encolheu: a semana em que Temer ficou menor

(Montagem de Anderson Marçal e Douglas Bressar com fotos de Cristiano Mariz/VEJA)

Robson Bonin e Thiago Bronzatto - Veja



Com as novas acusações, desta vez da PF e do doleiro do PMDB, o presidente está diminuído — e, no começo da crise, por pouco não renunciou ao cargo



Desde que seu governo foi atingido na testa pela delação do empresário Joesley Batista, o “bandido notório”, o presidente Michel Temer nunca viveu uma semana tão desastrada. 

A Polícia Federal, encerrando uma etapa das investigações da delação, concluiu que existem evidências “com vigor” mostrando que Temer praticou ato de corrupção. 

Além desse petardo, o operador Lúcio Funaro, conhecido como doleiro do PMDB, começou a abrir o bico, como adiantou VEJA na semana passada. 

Entre outras acusações, disse que o partido mantinha uma quadrilha para abocanhar verbas da Caixa Econômica Federal — e Temer era quem fazia a distribuição dos recursos surrupiados. 

Com tudo isso, o presidente Temer, mesmo no exterior, encerrou a semana menor do que começou. 

Com denúncias e acusações surgindo em ritmo quase diário, Temer é hoje um presidente moralmente acossado, politicamente fragilizado e administrativamente atordoado, pois seu governo despende mais energia com a polícia do que com a política. 

Está se apequenando institucionalmente, obrigado a se explicar a todo instante, instado a bater boca com quem chama de “bandido notório” e testemunhando a agonia de amigos. 

E sua situação tende a piorar ainda mais.

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