quarta-feira, 28 de maio de 2014

Risco de demência em pessoas cínicas é três vezes maior. Lula e Dilma estão ferrados

O Globo

 
  • Estudo americano confirma a evidência de que a visão das pessoas sobre a vida pode ter um impacto grande sobre a sua saúde
 
 

Dr. House - personagem do seriado americano de mesmo nome - tinha o cinismo como característica principal
Foto: Divulgação/HOUSE
Dr. House - personagem do seriado americano de mesmo nome - tinha o cinismo como característica principalDivulgação/HOUSE


MINNEAPOLIS (EUA) - Pessoas com personalidade marcada por alto grau desconfiança cínica podem ser mais propensas a desenvolver demência, aponta um novo estudo publicado nesta quarta-feira na edição online da revista Neurology - o jornal médico da Academia Americana de Neurologia.
Desconfiança cínica - característica definida como a crença de que as pessoas são motivadas principalmente por interesses egoístas -, também tem sido associada a outros problemas de saúde, tais como doenças do coração. Este é o primeiro estudo a examinar a relação entre o cinismo e a demência.

- Estes resultados confirmam a evidência de que a visão das pessoas sobre a vida pode ter um impacto sobre a sua saúde - disse a autora Anna-Maija Tolppanen, da Universidade da Finlândia.
No estudo, 1.449 pessoas com uma idade média de 71 anos passaram por testes para demência ao mesmo tempo em que responderam um questionário para medir o seu nível de cinismo. O resultado mostrou ser confiável, e as pontuações das pessoas permaneceram estáveis ​​durante vários anos.

Os entrevistados foram perguntados se eles concordavam com declarações como “Eu acho que a maioria das pessoas mente para crescer na vida”, “É mais seguro não confiar em ninguém” ou mesmo “A maioria das pessoas usa razões um tanto injustas para obter lucro ou vantagem”. Com base na pontuação obtida, os participantes foram classificados em grupos de baixo, moderado ou alto nível de desconfiança cínica.

Um total de 622 pessoas completaram dois testes para a demência. O último, em média, era realizado oito anos após o começo do estudo. Durante esse período, 46% das pessoas foram diagnosticadas com demência.

Após os pesquisadores ponderarem fatores que podem aumentar o risco de demência, como pressão arterial alta, colesterol elevado e tabagismo, as pessoas com grandes níveis de desconfiança cínica se mostraram três vezes mais propensas a desenvolver demência do que aqueles com com baixos nível. Das 164 pessoas com níveis elevados de cinismo, 14 pessoas desenvolveram demência, em comparação com nove das 212 pessoas com baixos níveis.