Blog Reinaldo Azevedo
Quem são os cotados? Desde sempre, está na parada Luís
Inácio Adams, titular da Advocacia Geral da União. Faz tempo que é cotado. Em
2012, seu prestígio sofreu um forte abalo por causa da Operação Porto Seguro.
Uma das pessoas alvejadas foi o seu então segundo na AGU, José Weber Holanda,
considerado uma espécie de chefe da turma à qual pertencia Rosemary Noronha, a
Primeira-Amiga de Lula.
Weber era mais do que um subordinado de Adams. Era mesmo
um amigo. Seu esforço para emplaca-lo em cargos públicos foi imenso, mesmo
sabendo que o rapaz estava envolvido em alguns casos nebulosos, inclusive com
processo na Justiça, de quando ainda era procurador-geral do INSS.
Considerou-se, ora vejam!, que tinha bens incompatíveis com os seus
rendimentos.
Em 2012, Adams estava cotado para a Casa Civil, e o
episódio derrubou a sua candidatura. Voltou a cair nas graças do Planalto com o
caso do programa “Mais Médicos”, do qual foi um defensor ardoroso. Um jornalista
lhe perguntou o que aconteceria se os cubanos pedissem asilo ao Brasil. Ele não
titubeou: “Nesse caso me parece que não teriam direito a essa pretensão.
Provavelmente seriam devolvidos.”
Cardozo
Outro candidato, também já faz algum tempo, é, acreditem, José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça. Nego-me, vamos dizer assim, a analisar a hipótese. Se for indicado, será a escolha clara pela, digamos, “bolivarianização” do tribunal.
Cardozo foi um dos coordenadores da campanha de Dilma à
Presidência. Simpaticamente, ela o apelidava de um de seus “Três Porquinhos” —
os outros dois eram Antonio Palocci e José Eduardo Dutra.
As declarações antigas e recentes de Cardozo —
que se comporta sempre como militante do PT, nunca como ministro da Justiça — o
desqualificam, obviamente, a fazer parte da Suprema Corte do país.