Reprodução/Facebook | |
Reality Winner, 25, que trabalha na Agência Nacional de Segurança e foi indiciada por vazar informação |
Era para ser mais um vazamento sobre a Rússia interferindo na eleição americana, mas virou um pesadelo para vazadores e jornalistas.
O site "The Intercept", criado por Glenn Greenwald, célebre pelas revelações de Snowden no "Guardian", publicou a informação vazada, mas antes entregou cópia da documentação e outros dados indiretos sobre a fonte ao governo, visando checar a veracidade. Não demorou e a fonte foi presa.
"É uma falha catastrófica na proteção da fonte, difícil de aceitar", criticou o outro repórter premiado pela revelação do caso Snowden, no "Washington Post", Barton Gellman.
"No geral, eu amo o 'Intercept', mas, se é um cara de vocês, deem o nome e acabem com ele agora", reagiu Julian Assange, do WikiLeaks.
O próprio Greenwald tratou de se distanciar: "Eu não escrevi o texto e eu não edito o 'Intercept'. Eu não controlo outros jornalistas". O texto havia sido assinado por quatro outros repórteres. Alguns comentaristas de mídia ainda tentaram isentar o site, culpando a vítima, o que só fez piorar as coisas.
Por fim, o próprio Edward Snowden entrou na história, ele que é agora presidente da Freedom of the Press Foundation, mas evitou a controvérsia, limitando-se a afirmar:
— Processar uma fonte sem considerar o dano ou benefício da atividade jornalística é ameaça fundamental à imprensa livre.
Reprodução/'Telegraph' | ||
RASGANDO À DIREITA
No londrino "Telegraph", "Theresa May: Vou rasgar leis de direitos humanos para que possamos expulsar terroristas". Era um novo sinal do desespero da primeira-ministra conservadora do Reino Unido, diante da ascensão do opositor trabalhista na eleição de amanhã, quinta (8).
REENCONTRO À ESQUERDA
Do outro lado, o "Guardian", que apoia os trabalhistas mas passou os últimos dois anos atacando Jeremy Corbyn como "inelegível", foi tomado na última semana por colunas em favor do candidato e críticas à "mídia" que se negou a aceitá-lo —sem citar o próprio "Guardian".
Jonathan Freedland, que comandou os dois anos de ataque, deu início à reviravolta uma semana antes da votação, elogiando "a luta de Corbyn".
QUAL PESQUISA?
O "Independent", um dos primeiros a destacar o crescimento de Corbyn, avisa que as pesquisas não estão certas nem erradas. "Algumas são mais otimistas sobre quantos jovens vão votar", daí o pequeno percentual separando os dois candidatos. Em suma:
_— Qual pesquisa está certa? Depende do êxito do Partido Trabalhista em convencer os eleitores jovens a irem às urnas