MAELI PRADO - Folha de São Paulo
Como vem ocorrendo nos últimos meses, as transações do Brasil com outros países foram afetadas positivamente pela balança comercial e tiveram um superavit de US$ 2,9 bilhões em maio, informou nesta terça-feira (27) o Banco Central. É o melhor resultado para o mês da série histórica, iniciada em 1995.
No mesmo mês do ano passado, o resultado também foi positivo, em US$ 1,2 bilhão.
O bom resultado foi determinado pelo desempenho das vendas externas.
As exportações somaram US$ 19,7 bilhões em maio, e as importações totalizaram US$ 12,3 bilhões, o que possibilitou um resultado positivo de US$ 7,4 bilhões na balança comercial.
No acumulado do ano, o resultado das transações com outros países está deficitário em US$ 616 milhões, bem abaixo dos US$ 6 bilhões de registrados nos primeiros cinco meses do ano passado.
VIAGENS
O bom desempenho da balança comercial compensou o rombo nas transações de serviços do Brasil com outros países, que foi de US$ 2,4 bilhões em maio.
Esse deficit em serviços foi determinado, entre outros fatores, pelos gastos dos brasileiros com viagens ao exterior, que totalizou US$ 1,5 bilhão, pouco acima do R$ 1,1 bilhão registrado no mesmo mês do ano passado.
As despesas de estrangeiros com viagens ao Brasil somaram US$ 419 milhões, o que fez com que o deficit em viagens fosse de cerca de US$ 1 bilhão.
O deficit de aluguel de equipamentos também foi grande, de US$ 1,3 bilhão no mês passado –o resultado negativo foi quase todo determinado pelos gastos do Brasil com equipamentos alugados do exterior.
INVESTIMENTO DIRETO
O investimento direto estrangeiro no setor produtivo foi de US$ 2,9 bilhões no mês passado, metade dos US$ 6,1 bilhões registrados em maio do ano passado.
Em abril, esses investimentos foram de US$ 5,5 bilhões. No ano, esses investimentos somam US$ 32,4 bilhões, abaixo dos US$ 29,9 bilhões registrados entre janeiro a maio do ano passado.