Felipe Frazão - Veja
Presidente, que tem repetido posições que adversários jamais defenderam, diz que eles são os responsáveis pela 'onda de mentiras' na campanha deste ano
Dilma Rousseff em campanha neste sábado, em São Paulo (Luiz Cláudio Barbosa/Futura Press/Estadão Conteúdo)
A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) disse neste sábado, num rápido discurso em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, que seus adversários estão promovendo uma "onda de mentiras" na eleição presidencial e que pessoas e partidos ligados a eles têm espalhado boatos sobre o fim do Bolsa Família, uma das principais bandeiras do governo petista. Curiosamente, a presidente reagiu ao que ela diz ser uma inverdade repetindo, mais uma vez, algo que seus principais oponentes não param de negar – que o programa de transferência de renda acabaria caso Dilma não seja reeleita.
"Faltam poucos dias para a eleição e nesse momento o clima fica um pouco quente. Nós sabemos que começam a aparecer mentiras e boatos falsos por aí. Para que eles inventam esses boatos falsos? Para conseguir convencer o povo com enganações. Por exemplo, tem uns que dizem que o Bolsa Família, nosso programa mais importante e forte para reduzir a pobreza e a desigualdade junto com o emprego e o aumento de salário, vai acabar. Ora, vai acabar se eles forem eleitos", disse Dilma.
Leia mais: Dilma se enrola e cobra ‘compromisso com aqueles que desviam dinheiro público’
O ataque é uma das armas do PT para evitar uma fuga de votos para os candidatos Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), mas não havia sido encampado pela presidente até agora. Marina já tinha levado ao ar na TV nesta semana uma propaganda em tom emotivo, na qual diz que não acabará com o Bolsa Família "porque sabe o que é passar fome". O tucano defende que o Bolsa Família vire lei regulamentada.
Dilma circulou em cima de um carro no comércio da capital paulista, ao lado do prefeito Fernando Haddad, da ministra Marta Suplicy (Cultura) e do candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha. Entre Haddad e Padilha, Dilma disse "nós somos o trio, prefeito, governador e presidenta, que vai fazer muito por São Paulo". Dilma criticou a ampliação da rede de transporte sobre trilhos no governo do tucano Geraldo Alckmin, ao dizer que o metrô paulista "vai a passo de tartaruga".
Sem citar o escândalo na Petrobras, que atinge os principais partidos da base governista no Congresso Nacional, Dilma fez uma defesa das investigações e prometeu punição aos envolvidos. Segundo ela, um dos fundamentos morais de seu governo é o "combate, sem tréguas, à corrupção". "Não somos aquele governo que gostava de varrer tudo para baixo do tapete. Não aparecia corrupção porque não investigavam, ficava tudo encoberto e quando descobriam um poderoso paravam a investigação. Agora não, doa a quem doer, atinja a quem atingir, nós puniremos os culpados." Dilma chegou a tratar como "especulação" a lista da propina delatada pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. De acordo com ele, a distribuição de propina na estatal abasteceu um ministro do governo Dilma, Edison Lobão (PMDB), de Minas e Energia, conforme revelou VEJA.
O ataque é uma das armas do PT para evitar uma fuga de votos para os candidatos Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), mas não havia sido encampado pela presidente até agora. Marina já tinha levado ao ar na TV nesta semana uma propaganda em tom emotivo, na qual diz que não acabará com o Bolsa Família "porque sabe o que é passar fome". O tucano defende que o Bolsa Família vire lei regulamentada.
Dilma circulou em cima de um carro no comércio da capital paulista, ao lado do prefeito Fernando Haddad, da ministra Marta Suplicy (Cultura) e do candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha. Entre Haddad e Padilha, Dilma disse "nós somos o trio, prefeito, governador e presidenta, que vai fazer muito por São Paulo". Dilma criticou a ampliação da rede de transporte sobre trilhos no governo do tucano Geraldo Alckmin, ao dizer que o metrô paulista "vai a passo de tartaruga".
Sem citar o escândalo na Petrobras, que atinge os principais partidos da base governista no Congresso Nacional, Dilma fez uma defesa das investigações e prometeu punição aos envolvidos. Segundo ela, um dos fundamentos morais de seu governo é o "combate, sem tréguas, à corrupção". "Não somos aquele governo que gostava de varrer tudo para baixo do tapete. Não aparecia corrupção porque não investigavam, ficava tudo encoberto e quando descobriam um poderoso paravam a investigação. Agora não, doa a quem doer, atinja a quem atingir, nós puniremos os culpados." Dilma chegou a tratar como "especulação" a lista da propina delatada pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. De acordo com ele, a distribuição de propina na estatal abasteceu um ministro do governo Dilma, Edison Lobão (PMDB), de Minas e Energia, conforme revelou VEJA.