O clima é de tensão na campanha de Marina Silva. Os marineiros temem morrer na praia. Dizem que não têm como enfrentar o debate da CPMF: “A Dilma tem 12 minutos na TV”. E estão irados com o PSDB: “Eles preferem perder para a Dilma do que nos ajudar a vencer”. Outros falam de erros. Ela se afastou dos políticos, como Geraldo Alckmin, dando munição para que fosse questionada sua capacidade de dar governabilidade ao país.
O estado de espírito
Os petistas e os tucanos avaliam que detiveram Marina Silva. Entre os aecistas, o que se diz é que “a imagem de Marina se desmancha”. Os tucanos voltam a sonhar com Aécio Neves no segundo turno. Mas temem a desconstrução de Marina: “Ela não pode desmilinguir. Parte do eleitor dela iria agora para a presidente Dilma, que poderia vencer no primeiro turno”. Os petistas avaliam que “Marina está desabando”. E que a queda não irá para Aécio. Eles acalentam vencer no primeiro turno e vão convocar seus militantes às ruas. Diante do cerco, os marineiros torcem para que seus ombros suportem. E repetem: “para quem virou alvo dos dois, ela está muito resistente”.
Pipocando
O governador Jaques Wagner (BA) e o senador Walter Pinheiro bateram de frente. Wagner chamou Pinheiro de “leviano”. Como no mensalão, Pinheiro insinuou que seus adversários no partido é que deviam explicação no suposto caso do caixa dois da ONG Instituto Brasil. Durante o processo do mensalão, Pinheiro esteve para sair do PT.
O que fazer na reta final
Estrategista dos governos FH, Antônio Lavareda diz que a tarefa, na reta final, não é mais ganhar votos, mas segurar os votos que têm. A alienação eleitoral nas pesquisas é de 11% (brancos/nulos/ não sabe), mas ele prevê que, com a abstenção, ela vá a 25%, como em 2006 e 2010. E alerta: “Os candidatos correm o risco de perder votos”.