terça-feira, 30 de setembro de 2014

O vídeo informa: o poste instalado no Planalto debocha das lágrimas alheias, mas chora até por maus defuntos

Blog Augusto Nunes - Veja


Na noite de 11 de setembro, sentada no banco de trás do carro que seguia para o hotel no Rio, a repórter da Folha que acompanhava Marina Silva perguntou à candidata o que achara dos ataques que Lula lhe fizera na véspera. Segundo a jornalista, Marina teve de conter o choro enquanto murmurava, com voz embargada, que não pretendia revidar às agressões verbais. 
A reação naturalíssima, que não valia mais que uma nota no pé da página, foi noticiada com destaque. E Dilma Rousseff, instruída pelo marqueteiro João Santana, tentou transformar o choro que ninguém viu na prova definitiva de que Marina não pode governar o país.
Para ensinar que presidenta não chora, caprichou no dilmês castiço: “Presidente da República sofre pressão 24 horas por dia. Se a pessoa não quer ser pressionada, não quer ser criticada, se não quer que falem dela, não dá para ser presidente da República”. Conversa de 171, prova o vídeo abaixo, que registra a troca da guarda no Ministério da Pesca ocorrida em 2 de março de 2012.
O poste que Lula instalou no Planalto por pouco não derramou lágrimas de esguicho ao despedir-se do companheiro Luiz Sérgio. Meses antes, o deputado fluminense cedera a Ideli Salvatti o Ministério de Relações Institucionais e tivera de consolar-se com a missão de administrar bagres e lambaris. Meses depois, foi despejado de novo para abrir espaço ao senador Marcelo Crivella, do PRB fluminense.
O vídeo informa: a presidente que debocha das lágrimas alheias chora até por maus defuntos.