Em 21 Estados e no Distrito Federal há candidatos favoritos e isolados em primeiro lugar na disputa por vagas ao Senado. Pelas pesquisas de intenção de voto, as dúvidas sobre os vencedores se limitam a cinco lugares: Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Bahia.
Em todos os outros casos, há 22 candidatos pontuando à frente dos demais –além da margem de erro.
O mandato de senador é de oito anos. No próximo domingo, estarão em disputa apenas 27 das 81 cadeiras da Casa. Em 2018, serão renovadas as outras 54.
Diferentemente das eleições para presidente e para governador, no caso das vagas do Senado não existe a hipótese de segundo turno. Vence quem terminar na frente, mesmo sem ter mais da metade dos votos válidos.
Quando se faz uma projeção para as bancadas de 2015, nota-se pouca alteração no topo da lista dos maiores partidos. O PMDB tem chances de manter as mesmas 19 vagas que já tem no momento –e que faz da sigla a maior do Senado –, assim como o PT, que hoje tem 13 assentos.
O PSDB, com 12 senadores, deve cair para 11. O PSB de Marina Silva pode subir de quatro para sete senadores, equiparando-se ao PDT, que deve ganhar mais um lugar além dos seis atuais.
Na parte de baixo do ranking de bancadas, o PV, que tem um senador, tende a ficar sem nenhum em 2015.
Em compensação, outros dois nanicos poderão ganhar espaço: o PPS e o PSC, com uma cadeira cada. Ao todo, o número de partidos na Casa deve subir de 16 para 17.
Essas alterações não são apenas por causa das disputas das vagas para o Senado. O cálculo usado nessa projeção considera também outros dois aspectos.
O primeiro são os casos de senadores que têm mandato até 2019, mas disputam agora outros cargos e devem deixar a Casa, pois lideram as pesquisas. Dessa forma, podem entregar suas cadeiras para os suplentes (muitas vezes de outros partidos).
É o caso de Pedro Taques (PDT), favorito ao governo do Mato Grosso. Se ganhar, assume no Senado o seu suplente, José Antonio de Medeiros (PPS).
Outro aspecto que influencia a composição do Senado é que há ministros que devem retornar ao Congresso no próximo governo. Hoje, três senadores estão no gabinete de Dilma Rousseff: Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Edison Lobão (PMDB-MA) e Marta Suplicy (PT-SP).
Dilma disse que, se vencer, terá equipe nova de ministros. Com vitória de Marina ou Aécio Neves, esse movimento também ocorrerá.
Editoria de Arte/Folhapress | ||