quarta-feira, 28 de maio de 2014

Obama: ‘EUA não precisam pedir permissão para proteger seu povo’

O Globo

  • Presidente americano anuncia criação de fundo de US$ 5 bilhões no combate contra terrorismo
  • Ele prometeu ainda aumentar apoio a rebeldes sírios
 
 
 

Presidente Barack Obama chega à Academia Militar de West Point, no estado Nova York
Foto: JIM WATSON / AFP
Presidente Barack Obama chega à Academia Militar de West Point, no estado Nova YorkJIM WATSON / AFP


WASHINGTON — O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs nesta quarta-feira durante um discurso na Academia Militar de West Point (estado de Nova York) a criação de um fundo de parceria de US$ 5 bilhões no combate ao terrorismo. O plano vai ajudar países na Ásia, África e Oriente Médio. Ao defender a política externa americana, Obama afirmou que os Estados Unidos não precisam pedir permissão para proteger seu povo e sua terra e usarão força militar unilateralmente caso seja necessário.
— Hoje eu pedi ao Congresso para defender (a proposta) de um novo fundo de associação contra o terrorismo de até US$ 5 bilhões, o que nos permitirá treinar e facilitar o trabalho de nossos países aliados — destacou.

Obama explicou que os recursos darão aos Estados Unidos flexibilidade para atender às diferentes missões, incluindo o treinamento das forças de segurança no Iêmen, o apoio à força multinacional de manutenção da paz na Somália e a aliados europeus para treinar suas forças de segurança e fronteira na Líbia, além de ajuda nas operações militares francesas no Mali.

Em relação à Síria, o presidente prometeu ainda aumentar apoio aos rebeldes que, segundo ele, são uma alternativa melhor do que “terroristas” e um “ditador brutal”. Obama insistiu que os Estados Unidos e seus aliados europeus e árabes pressionarão para que seja alcançada a uma solução política que dê fim ao conflito.

— Como presidente, tomei a decisão de não enviar tropas americanas à guerra civil e acredito que tomei a decisão certa. Mas isso não significa que não devemos ajudar o povo sírio a se defender de um ditador que bombardeia contra seu próprio povo — disse ele, sem citar o nome de Bashar al-Assad.

Oficialmente, o apoio dos Estados Unidos a rebeldes sírios se restringe, desde o início do conflito em 2011, a ajuda não letal de US$ 287 milhões.

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