O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta segunda-feira
(12) mais cinco dias para a Polícia Federal concluir a investigação
sobre o presidente Michel Temer.
Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta segunda-feira
(12) mais cinco dias para a Polícia Federal concluir a investigação
sobre o presidente Michel Temer.
Com a decisão do ministro, o inquérito deve estar finalizado até a
próxima segunda (19), já que não será contado o fim de semana.
próxima segunda (19), já que não será contado o fim de semana.
O prazo para a conclusão do inquérito acabava nesta terça (13),
mas a PF pediu mais 10 dias porque a perícia no áudio gravado
por Joesley Batista, dono da JBS, em um encontro com o
presidente, não foi concluída.
mas a PF pediu mais 10 dias porque a perícia no áudio gravado
por Joesley Batista, dono da JBS, em um encontro com o
presidente, não foi concluída.
A defesa de Temer diz que a gravação é "imprestável", foi editada
e, em uma situação "normal", jamais seria aceita.
e, em uma situação "normal", jamais seria aceita.
Aberta com base nas delações de executivos da JBS, a
investigação sobre Temer apura se o presidente cometeu os
crimes de obstrução de Justiça, corrupção passiva e participação
em organização criminosa.
investigação sobre Temer apura se o presidente cometeu os
crimes de obstrução de Justiça, corrupção passiva e participação
em organização criminosa.
Até a próxima segunda, a Procuradoria Geral da República (PGR),
que conduz as investigações, também deverá se manifestar
sobre um pedido de Temer para que o caso seja arquivado.
sobre um pedido de Temer para que o caso seja arquivado.
Segundo o Ministério Público Federal, Temer e o senador Aécio
Neves (PSDB-MG), afastado do mandato parlamentar, atuaram
em conjunto para impedir o avanço da Operação Lava Jato.
Desde que as delações da JBS se tornaram públicas, o presidente
tem enviados notas à imprensa, concedido entrevistas e feito
pronunciamentos para rebater as acusações e dizer que jamais
atuou para beneficiar a empresa.
No Congresso Nacional, a oposição passou a liderar um movimento
a favor do impeachment de Temer e alguns partidos da base aliada
deixaram de apoiar o governo. Além disso, o PSDB decidirá nesta
semana se permanece no governo ou desembarca (a legenda
comanda quatro ministérios).
Acusações
Relembre abaixo algumas das acusações envolvendo o presidente
Michel Temer, de acordo com o Ministério Público e segundo os
delatores da JBS:
delatores da JBS:
- 'Anuência' para propina a Cunha;
- Ajuda a Cunha com 'um ou dois ministros' do STF;
- Pediu a Aécio para retirar a ação no TSE;
- Atuou em conjunto com Aécio para impedir a Lava Jato;
- Recebeu R$ 15 milhões e 'guardou' R$ 1 milhão.
Respostas
À medida em que o conteúdo das delações era conhecido, o G1
questionava a Presidência sobre as acusações. Leia abaixo as
respostas:
- Ajuda a Cunha: "No diálogo com Joesley Batista, o presidente
- Michel Temer diz que nada fez pelo ex-deputado Eduardo
- Cunha. Isso prova que o presidente não obstruiu a Justiça.
- Michel Temer não recebeu valores, a não ser os permitidos
- pela Lei Eleitoral e declarados ao Tribunal Superior Eleitoral
- (TSE). Portanto, não tem envolvimento em nenhum tipo de
- crime."
- Ação no TSE: "Isso não ocorreu".
- Atuação para impedir Lava Jato: "O presidente nunca atuou
- para impedir o avanço da Lava Jato".
- Recebeu R$ 15 milhões e guardou R$ 1 milhão: "O presidente
- não pediu nem recebeu dinheiro ilegal."