sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Delações da Odebrecht: quadrilha do PT recebeu R$ 35 milhões em 2014 para selar alianças

Bruna Narcizo - Veja


Delações de Marcelo Odebrecht e Alexandrino Alencar relatam que partido recebeu dinheiro para comprar aliados e aumentar tempo de TV na eleição de 2014


Dilma na posse, em 2014: ela caiu, mas o julgamento da chapa segue no TSE
Dilma na posse, em 2014: ela caiu, mas o julgamento da chapa segue no TSE
(Eduardo Knapp/Folhapress)

Em uma reunião em 2014 com Marcelo Odebrecht, à época presidente 
da maior construtora do país, e Alexandrino Alencar, então diretor de 
Relações Institucionais da empreiteira, o tesoureiro da campanha de 
Dilma Rousseff à reeleição, Edinho Silva (PT), foi claro: 
precisava de 35 milhões de reais para garantir a adesão de cinco 
partidos à chapa da petista e, assim, conquistar dois minutos e 59 
segundos de propaganda eleitoral na televisão. 
A divisão foi feita de forma igualitária, 7 milhões de reais para cada sigla
(Pros, PCdoB, PRB, PDT e PP).  
A informação sobre o acerto consta do acordo de delação premiada dos 
dois executivos, homologado na semana passada. 
Com Dilma já fora do poder, a delação tem um enorme potencial de 
estrago para seu sucessor, Michel Temer. 
A revelação deve complicar ainda mais sua situação no Tribunal 
Superior Eleitoral, na ação que analisa precisamente se houve 
abuso de poder político e econômico na eleição de 2014.
Íntegra da reportagem na VEJA