segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Trump anuncia aumento histórico de US$ 54 bilhões em gastos com defesa

André Ítalo Rocha - O Estado de S.Paulo

Presidente dos Estados Unidos justificou valores ressaltando que Oriente Médio é "ninho de vespas"


Foto: Kevin Lamarcque/Reuters
Donald Trump discursa na Casa Branca
Donald Trump discursa na Casa Branca 
SÃO PAULO - Um dia antes de visita ao Congresso norte-americano para discutir o orçamento do governo, o presidente Donald Trump reforçou há pouco algumas das promessas que vem fazendo desde a sua campanha. Em discurso na Casa Branca, ele destacou que vai propor um "aumento histórico" de 10% em despesas com defesa, ressaltando que o Oriente Médio tornou-se um "ninho de vespas". O plano prevê um crescimento de US$ 54 bilhões nos gastos, enquanto os cortes em outros setores para custear esse aumento provavelmente atingirão os fundos de ajuda a outros países - refletindo o discurso de Trump para que os aliados dos EUA desempenhem um maior papel nos esforços globais de pacificação.
Após afirmar que o governo não deve se apoiar somente em reformas, Trump disse que pretende destinar recursos ao combate a crimes violentos e a manter fora do país os criminosos e terroristas. "Nosso foco é manter fora do país as más pessoas", ressaltou o presidente norte-americano.
O republicano também procurou mostrar que vai tentar fazer com os recursos sejam utilizados de forma mais eficiente. "Nós vamos fazer mais com menos", disse Trump, acrescentando que também pretende dar mais autoridade aos Estados e substituir o Obamacare por outra programa de saúde.
Em relação a investimentos para estimular a economia, Trump destacou que "não há outra escolha" a não ser investir em infraestrutura. Sobre a receita, Trump disse que quer cortar impostos "substancialmente", sugerindo que alíquotas menores vão incentivar a economia dos EUA.
O presidente dos EUA comentou ainda as tarifas com outros países. Ele prometeu fazer com que os impostos entre países "sejam mais justos". "O que é justo para eles pode não ser justo para nós, o que queremos é comércio justo", afirmou.

Com informações da Dow Jones Newswires.