Novo integrante do STF, Alexandre de Moraes diz ter lido tudo sobre Alexandre, o Grande
Alexandre de Moraes, o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), é um leitor voraz de biografias de um ilustre e histórico xará – nada menos que Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, xá da Pérsia e faraó do Egito nas priscas eras antes de Cristo (356-323, ou 32 anos).
“Acho que já li todas as biografias que saíram no Brasil”, contou ele próprio ao site Conjur, em setembro de 2010, ao falar de seus livros preferidos. Citou duas biografias: a de Massimo Ferreti (três volumes, 1.160 páginas) e a de Claude Mosse (248 páginas), que elogiou pelo estilo, e por outra obra sobre aqueles idos, Péricles, o inventor da Democracia.
Moraes contou ao Conjur que o filósofo grego Aristóteles foi o preceptor de Alexandre, o Grande. “Sempre que conquistava alguma cidade, Alexandre enviava animais, insetos e vegetais para Aristóteles pesquisar. Com base nisso e em outras informações, ele fez uma planilha daquilo que as cidades tinham em comum e foi criando alguns princípios básicos de organização”, ilustrou o advogado.
Disse, também, que a obra Política, de Aristóteles, “teve um papel fundamental em sua vida, inclusive direcionando sua especialização em Direito para a área constitucional”. Entre outras leituras desse período histórico, o xará do conquistador macedônico citou Júlio Cesar, o imperador, do historiador Max Gallo.
Alexandre, o Grande, é personagem de grandes feitos em tão poucos anos de vida. Entre eles, o de nunca ter perdido uma batalha. A história e os biógrafos registram, também, seu lado polêmico, entre eles o autoritarismo (que algumas vezes resultou em mortes), a vaidade extremada, e a sexualidade multifacetada, própria de uma época sem preconceitos, para usar os termos contemporâneos.
No Supremo, o ministro Moraes terá um colega e admirador com quem poderá demorar-se em conversas sobre a história antiga. É o ministro Marco Aurélio, xará do imperador romano (121-180 a.c.), e também dado à leitura de biografias a respeito. Sem contar o ministro decano Celso de Mello, igualmente simpático a Moraes, que não tem homônimos do começo dos tempos, mas sabe de tudo e mais alguma coisa.
Como se diria em tempo de carnaval: é o bloco da Corte maior que saúda a história.