domingo, 26 de fevereiro de 2017

STJ abre espaço para queda de juros para carros, por Maria Cristina Frias

Folha de  São Paulo



Uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) possibilita que os financiamentos de veículos caiam no mesmo ritmo da queda dos juros do mercado financeiro, segundo a Anef (associação dos financiadores de carros).

Instâncias inferiores da Justiça consideraram, em alguns casos, que um cliente que financiou a compra de um carro, mas que deixou de pagar algumas prestações, não deve ter esse veículo tomado pelo credor.

Os juízes que tomaram essas decisões afirmaram aplicar um conceito chamado de adimplência substancial: como a maior parte do financiamento foi pago, o bem deveria ir para o cliente.

Um desses casos chegou ao STJ, que deu razão ao Banco Volkswagen, que havia concedido um empréstimo em 48 prestações, das quais quatro não foram honradas.

"A decisão reduziu a incerteza no mercado, que poderia impactar os juros ao cliente", diz Eduardo Gasparoto, gerente jurídico de serviços financeiros da empresa.

As taxas nessas linhas podem ser mais baixas porque há a garantia de tomar o carro se o cliente não pagar.

Se o bem não pudesse ser recuperado, o custo seria mais alto, segundo Gilson de Oliveira Carvalho, presidente da Anef e diretor-executivo da Fiat Chrysler Finanças.

"O outro componente é a variação no mercado financeiro que impacta os custos de captação. Por isso, se os juros no geral caírem a médio prazo, como tudo indica, as nossas taxas vão seguir."

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BATEU NA PORTA

O mau desempenho das lojas físicas levou a Polishop, de eletrônicos e utilidades domésticas, a dar mais importância a outros canais de venda, segundo o presidente João Apolinário.

A companhia teve queda de 6% do faturamento no ano passado, na comparação com 2015.

"Vendas porta a porta ainda

Com a crise econômica, varejistas fecharam lojas para investir em outros canais com custos menores, mas a aposta na comercialização em domicílio é uma exceção, diz Claudio Felisoni, presidente do Ibevar (instituto do setor).

"As vendas diretas dependem de uma rede de vendedores já instruídos. Não é algo tradicional entre as varejistas comuns e, feita de maneira pontual, tem eficácia reduzida", afirma.

A Polishop, que também vende por telefone e internet, tem um aporte de R$ 10 milhões previsto para a abertura de pelo menos seis lojas, mas o valor poderá mudar de acordo com os pontos disponíveis, diz Apolinário.

248
é o número de lojas físicas da Polishop
3.000
são os funcionários
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Leo Pinheiro/Valor
Data: 10/11/2016 Editoria: Empresas Reporter: Francisco Goes Local: Rio de Janeiro, RJ Pauta: Entrevista com diretora do BNDES Setor: Banco de Financiamento Social Personagem: Eliane Lustosa, diretora da area de mercado capitais do BNDES, fotografada durante entrevista e posadas Tags: Banco, financiamento, Fotos: Leo Pinheiro/Valor ***FOTO DE USO EXCLUSIVO FOLHAPRESS***
Eliane Lustosa, diretora da área de mercado de capitais do BNDES


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Eliane Lustosa, diretora da área de mercado de capitais do BNDES
Eliane Lustosa, diretora de mercado de capitais no banco estatal, vai descansar no Carnaval com a leitura de "A Verdade é Teimosa - Diários da Crise que Adiou o Futuro", da jornalista Miriam Leitão.

O livro tem 118 textos sobre as causas da recessão que o país atravessa.
Os escritos começam em 2010, quando o país crescia e Dilma Rousseff vencia a eleição para presidente, e vão até novembro de 2016, já no governo de Michel Temer. Por que a escolha?

"O livro tem o mérito de oferecer uma visão em perspectiva dos sinais que vinham sendo dados do ponto de vista macroeconômico e que levaram à realidade que conhecemos hoje", afirma Lustosa.

"Não se limita a discussões teóricas. A coerência macro acabou se convertendo em uma situação de fato."
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Hora do café
com FELIPE GUTIERREZTAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI