Salvatore Di Nolfi - 30.mai.2016/Associated Press | |
O diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo |
RENATA AGOSTINI - Folha de São Paulo
A entrada em vigor do Acordo de Facilitação de Comércio da OMC (Organização Mundial do Comércio), esperada para esta quarta (21), tem potencial para impulsionar as vendas para a Argentina, avalia o governo brasileiro.
Segundo o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, as novas regras beneficiarão especialmente os países em desenvolvimento, que tendem a contar com uma burocracia maior no desembaraço de mercadorias, e as vendas de manufaturados, que envolvem competição por mercados mais acirradas.
A Argentina, uma economia em desenvolvimento como o Brasil, é o segundo principal destino de manufaturados do país, atrás dos EUA.
Com o acordo, o primeiro com todos os membros desde a criação da OMC, em 1995, os países terão de adotar 47 medidas para facilitar o comércio, como a criação de uma ferramenta para resolver trâmites de importação e exportação em um só lugar.
A previsão é que o "Portal Único" brasileiro esteja pronto para exportadores ainda neste ano. E, até o fim de 2018, para os importadores.
Segundo Abrão Neto, mais de 90% das medidas prioritárias previstas no acordo já foram implementadas pelo Brasil. Na sexta (24), haverá a primeira reunião do Confac (Comitê Nacional de Facilitação do Comércio), criado para monitorar a adoção das medidas de desburocratização.