segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Mercado corta mais inflação e prevê taxa de 4,81% em 2017

Juliana Garçon - O Globo

Analistas vêem queda consistente dos índices e, para 2016, projetam 6,35%


A expectativa para a inflação está em queda consistente entre os analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central para seu boletim semanal Focus. Para 2017, os analistas preveem que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 4,81%, abaixo dos 4,87% que calculavam há uma semana e dos 4,9% que viam há um mês. Para 2016, a estimativa é de 6,35%, recuo em relação à taxa informada na semana passada (6,38%) e há quatro semanas (6,52%). Para dezembro, o mercado prevê 0,36%, abaixo dos 0,39% de uma semana e dos 0,52% há quatro. O número oficial do IPCA sai depois de amanhã.

A taxa de inflação é decisiva para o BC decidir a taxa de juros no país. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC acontece depois de amanhã, mesmo dia da divulgação do IPCA. A expectativa é de corte de 0,5 ponto percentual, levando a taxa a 13,25%. A estimativa dos entrevistados já se mantém neste patamar há um mês. Para dezembro, a projeção foi mantida nesta reunião, em 10,25%.

No último boletim, divulgado no dia 2 e referente à última semana de 2016, os economistas elevaram as apostas para o corte de juros neste ano, apesar de terem elevado ligeiramente as projeções para a inflação em 2017. Disseram acreditar que a Selic, referência no Brasil, chegará a dezembro.

Em 2015, a inflação oficial estourou em muito a marca tolerada pelo BC, ficando em 10,67%. A meta do governo para este ano é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O resultado previsto para o ano que vem se aproximando do centro da meta, também de 4,5%. A variação que será tolerada pelo BC em 2017, no entanto, é um pouco menor do que a deste ano, de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa sem mantém inalterada em 0,5%. O documento divulgado hoje é o primeiro referente à atividade econômica neste ano.