Congelamento de ativos do empresário e de Flávio Godinho, alvos da Operação Eficiência, foi decretado pela 7.ª Vara Federal do Rio a pedido da Procuradoria da República
A Justiça Federal no Rio bloqueou R$ 158 mil em contas do empresário Eike Batista, caçado em todo o mundo pela Interpol, a Polícia Internacional. Nas contas de Flávio Godinho, vice-presidente de futebol do Flamengo e braço direito de Eike, o congelamento de ativos alcançou R$ 57 milhões.
Ao todo, o confisco alcançou R$ 67 milhões dos alvos da Operação Turbulência – além de Eike e Godinho, outros investigados tiveram valores congelados.
O bloqueio foi decretado pela 7.ª Vara Federal do Rio.
Eike e Godinho são alvos da Operação Eficiência, deflagrada nesta quinta-feira, 26, pela Polícia Federal e pela Procuradoria da República.
Eficiência é desdobramento da Lava Jato no Rio que mira também o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
Os investigadores sustentam que Eike pagou US$ 16,5 milhões em propinas para Cabral. Eike fugiu do País usando passaporte alemão. Ele teria ido para Nova York.
A Interpol incluiu o nome de Eike na difusão vermelha, a lista dos mais procurados em todo o mundo.
Fora do País, Eike estaria negociando, por meio de sua defesa, entregar-se à Polícia Federal. Um advogado do empresário tem mantido contatos com a PF.
É remota a possibilidade de o decreto de prisão contra Eike cair por meio de algum recurso ao próprio juiz que mandou prendê-lo – Marcelo Bretas, da 7. Vara Federal do Rio – ou mesmo em instâncias judiciais superiores. Por isso, ele pode optar por se apresentar aos investigadores da Operação Eficiência.