quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

José Nêumanne: "A 28ª facção"

O Estado de São Paulo

Se 27 facções criminosas mandam nas prisões, 28ª limpou os cofres públicos e é investigada na Lava Jato


Mantido no governo do Amazonas por uma liminar, José Melo é suspeito de conivência Foto Bruno Zanardo/Secom Am
Liminar mantém Melo, suspeito de conivência, no governo do Amazonas Foto Bruno Zanardo
Há 27 facções criminosas mandando e desmandando nos presídios da República, conforme acaba de ser revelado após o massacre de 56 condenados no presídio Anísio Jobim, em Manaus. Há ainda no País a gangue do colarinho branco, a 28ª, mais poderosa das quadrilhas que contestam a competência do Estado brasileiro e o desafiam, inclusive no campo jurídico, segundo revelam as investigações da PF e do MPF na Operação Lava Jato. A confirmação de praticamente todas as delações premiadas na devassa do maior escândalo de corrupção da História, segundo o Departamento de Justiça dos EUA, nos faz desconfiar que as denúncias contra chefões políticos amazonenses também são verossímeis.
(Comentário no Estadão no Ar da Rádio Estadão – FM 92,9 – na quarta-feira 11 de janeiro de 2016, às 7h10m)