quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Escola americana faz escola no Brasil

Sonia Racy - O Estado de São Paulo


EXCLUSIVO DIRETO DA FONTEAlan Greenberg está mergulhado em São Paulo. Motivo? O fundador da escola internacional Avenues – cuja matriz foi aberta em 2012 em Nova York – está trazendo uma filial para a cidade, a ser apresentada oficialmente dia 16 de março na Casa Fasano. A lista de espera para matrícula já conta com 600 alunos e a mensalidade regula com a das outras escolas internacionais de SP – cerca de R$ 8 mil. Além da Pauliceia, Greenberg pretende abrir filiais também em Londres, Xangai, Miami, Vale do Silício e, futuramente, no Rio de Janeiro. O americano conversou com a coluna durante sua passagem por SP. A seguir, trechos da entrevista.
Vocês afirmam que uma das missões da escola é formar cidadãos globais. No entanto, muitos acontecimentos políticos recentes têm mostrado que a globalização pode ter recuos. Como preparar os jovens para isso?Há grandes desafios, mas está claro que é importante um entendimento do mundo como um todo. É preciso que os jovens se sintam confortáveis além das fronteiras de seus próprios países. Nosso currículo é construído a partir dessa visão. Um cidadão global entende que as pessoas são diferentes. E isso, acreditamos, é a chave para o desenvolvimento da empatia – algo que queremos que nossos alunos formem e levem para suas vidas.
O Brasil é um país com profundos problemas sociais. Um deles é a desigualdade. Pretende trabalhar isso na escola? Estão prevendo fornecer bolsas de estudo? Sim, as duas coisas. Em NY demos U$ 5 milhões em bolsas. São estudantes excelentes que não poderiam, jamais, bancar sua educação. Achamos que a diversidade dos alunos é muito importante. No Brasil também, por isso faremos um programa similar. Além disso, nosso objetivo é formar cidadãos. Para isso estamos em contato com programas comunitários, de ação social. Nossa missão está nesse caminho. Apesar dos problemas, o Brasil também é um país de oportunidades.
Como pretendem treinar os professores? Já temos 600 famílias na lista de espera de alunos. A ideia é fazer um treinamento como o de NY e trazer nossas técnicas para cá. Além disso, queremos desenvolver um programa no qual professores da Avenues possam trocar experiências com os de outros países. Estamos confiantes em que, quando abrirmos a seleção, virão candidatos de várias partes do mundo. Isso é algo muito rico.
Estudantes também poderão fazer esse intercâmbio entre as escolas?
Sim, esse é nosso sonho. Que estudantes possam ir para NY e outros campus. É parte do nosso programa. / MARILIA NEUSTEIN