Ciro Gomes, Marília Arraes e Márcio Lacerda manifestaram revolta, perplexidade e inconformismo com o dedaço de Lula, direto da prisão, que os tirou de alguma maneira do jogo eleitoral.
Trata-se da descoberta tardia de uma realidade histórica: Lula sempre conduziu o PT e a política levando em conta exclusivamente os próprios interesses.
O contingente de descontentes deixado pelo caminho e a violência da intervenção, no entanto, têm o condão de tisnar a aura de mártir com apoio amplo e suprapartidário que ele vinha construindo contra sua prisão.
Deixou que se veja, de trás das grades, a figura do caudilho partidário que sempre foi.
O Estado de São Paulo
