Para além de Cusco e Machu Picchu, o Peru quer ser notado como um país de múltiplos destinos. Na semana passada, a Promperú, órgão responsável pela promoção do turismo, trouxe ao Rio uma comitiva de representantes de redes hoteleiras e transportes aéreo e ferroviário, que apresentaram ao mercado suas novidades e seus principais produtos. Para impulsionar as vendas, a campanha anual Peru Week está programada para acontecer no Brasil de 7 a 22 de novembro, com roteiros promocionais e participação de 49 restaurantes de 20 estados, que terão um cardápio peruano especial durante este período.
O Brasil é o sexto emissor de turistas para lá. No ano passado, foram 173. 753 brasileiros (17% a mais que os 148.296 de 2016). Este ano, até abril, o número superou em 13% a marca de 2017.
— Recebemos quatro milhões de turistas estrangeiros, dos quais 85% vão a Cusco e Machu Picchu. Estamos há cinco anos mapeando outros destinos para fomentar a divulgação — diz Milagros Ochoa Koepke, diretora de Turismo do Escritório Comercial do Peru no Brasil.
As dunas do deserto de Paracas; as Linhas de Nazca, a 400 km ao sul de Lima; o Vale do Colca, cânion a 160 km de Arequipa, na região andina, por onde sobrevoam os condores; sítios arqueológicos menos explorados no Valle Sagrado, como Choquequirao; regiões da selva amazônica, vizinha ao Brasil e à Bolívia; e o circuito gastronômico de Lima ampliam o leque de opções. Veja alguns destaques, a seguir.
DA FLORESTA AO PACÍFICO
Em propriedades como Inkaterra, Casa Andina, Aranwa, Explora e Haciendas del Peru, as experiências oferecidas aos hóspedes buscam a aproximação com a natureza e a cultura locais.
A rede Inkaterra tem propriedades na Amazônia, além de Cusco, Valle Sagrado e Machu Picchu Pueblo. Em Tambopata, região próxima à fronteira com Bolívia e Brasil, há três albergues na floresta: Reserva Amazonica (um eco-lodge, com reconhecimento internacional), com canopy na selva e cardápio com dezenas de excursões em região onde foram catalogadas 540 espécies de pássaros (diárias: US$ 541); Hacienda Concepción, às margens do Rio Madre de Dios (diárias a US$ 370); e Guides Field Station (onde os guias do Inkaterra são treinados, com diárias a US$ 548, cabanas para quatro adultos). O ponto de base para eles é a cidade de Puerto Maldonado, a 20 minutos de voo de Cusco. E o mínimo de permanência é de duas noites (inkaterra.com).
A rede Aranwa tem hotéis no Vale do Colca, em Paracas e em Vichayito, além de Cusco e Valle Sagrado. No sul do país, a três horas de Arequipa, o Aranwa Pueblito Encantado de Colca tem 41 acomodações em casas e chalés coloridos. O hotel mantém uma moenda colonial de grãos para demonstração aos hóspedes, spa e piscina (diárias: US$ 158). Às margens do Pacífico, a geografia recortada da Baía de Paracas dá ao AranwaResort & Spa a atmosfera relaxante de hotel de beira de praia, com piscina e deque à beira-mar (diárias: US$ 229, aranwahotels.com).
A Inca Rail, que liga Cusco a Machu Picchu, ganhou no fim de 2017 o trem The 360°. A composição ganha vagões panorâmicos e observatório com janelas abertas. Na ida a Machu Picchu, o trem parte de Poroy, a meia hora de carro de Cusco (US$ 90). A volta pode ser combinada no The First Class, com refeição a bordo e vagão bar (US$ 199, incarail.com).LÁ VEM O TREM
LIMA E CUSCO
A rede Aloft vai inaugurar hotel em Lima em 8 de novembro, no bairro Miraflores. O novo hotel integra a rede Libertador, que tem oito estabelecimentos em seis destinos no país. Entre eles, o Palacio del Inka, em Cusco, integra a The Luxury Collection, do grupo Marriott. O hotel é equipado com sistema de oxigenação que controla a variação de pressurização do ar nas suítes (outro hotel em Cusco, o Aranwa, oferece a comodidade). O recurso é opcional nas suítes (US$ 25 ao dia), com diárias, a partir de US$ 330, libertador.com.pe.
Ainda em Cusco, o mais novo hotel é o Hilton Garden Inn, inaugurado no fim de 2015, no bairro de Santa Ana, com 137 acomodações e bela vista para o centro. Diárias a US$ 120. bit.ly/2PGfR5P.
Cristina Massari, O Globo