quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Covil do PT pode desistir de soltura de Lula para evitar que STF discuta elegibilidade do maior ladrão da Lava Jato

Diante da indicação de que o Supremo vai acelerar o julgamento do recurso no qual o ministro Edson Fachin embutiu discussão sobre a inelegibilidade de Lula a um pedido de soltura, a defesa do ex-presidente avalia abrir mão da ação. No dia 6, os advogados do petista vão apresentar manifestação reiterando a tese de que a discussão sobre a elegibilidade não pode ser feita neste momento. Se sentirem que Fachin não vai acatar os argumentos, eles devem desistir do pedido de liberdade.
Sem saída A defesa de Lula entende que Fachin sinalizou que está disposto a tratar da inelegibilidade de Lula no STF antes do registro das candidaturas, no dia 15, o que não deixaria outra alternativa a não ser desistir do recurso.
Irmanados A discussão sobre abrir mão da ação cautelar que pede a soltura do ex-presidente envolveu, além dos advogados criminais, a banca que atua na esfera eleitoral.
Dois na mão O PT decidiu apostar tudo e rifar a candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco depois de um encontro na noite desta terça (31), solicitado pela direção do PC do B. Quando Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT, chegou ao local, dois dirigentes do PSB de Pernambuco estavam à sua espera.
Os infiltrados A presença dos dois pessebistas foi vista como um indicativo de que o PC do B só fecharia uma aliança nacional se os petistas fizessem um gesto ao PSB, que hoje comanda o governo de Pernambuco e teme o potencial de uma candidatura de Marília.
Xeque-mate No encontro dos dirigentes dos partidos de esquerda, na terça (31), Gleisi Hoffmann disse ao presidente do PDT, Carlos Lupi, que o PT estava oferecendo a vaga de candidato a vice de Lula a Ciro Gomes (PDT).
Fala sério? Lupi, a princípio, levou na brincadeira. Quando percebeu que era sério disse que o convite deveria ter vindo há duas semanas, antes da convenção do PDT que oficializou a candidatura de Ciro ao Palácio do Planalto.
Vai que cola Os petistas admitem que a operação não será fácil, mas dizem acreditar que o isolamento de Ciro na disputa pode acabar na formação de uma aliança da esquerda.
Folha de São Paulo