De volta para casa A campanha de Aécio Neves (PSDB) reconhece que um de seus maiores erros foi descuidar de Minas Gerais. Ele contava com uma vitória histórica em seu Estado, mas desabou para o terceiro lugar, com apenas 22% no Datafolha. “Nós relaxamos. Achamos que ele venceria por gravidade, pela força da natureza”, admite o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). Já de olho no pós-2014, o candidato pediu esforço máximo para evitar que um fiasco em casa comprometa suas ambições futuras.
Fora do script Pesquisas encomendadas pelo PSDB detectavam a queda em Minas desde que Marina Silva (PSB) entrou na disputa. Mas ninguém esperava que Aécio caísse para o terceiro lugar.
Apelo às bases O comitê tucano vai concentrar a distribuição de material no Centro-Sul. Além de Minas, os principais focos serão São Paulo e Paraná, dois Estados governados pelo PSDB.
Terra perdida Aecistas acreditam que seria inútil tentar investir no Nordeste. Dizem que “ninguém vai perder tempo” para reerguer o presidenciável em Estados como Pernambuco, onde ele encolheu para míseros 2%.
Cadê o toucinho Nos últimos dias, o candidato ouviu uma série de relatos de voto útil em Marina em bases tucanas. Vários deputados relataram a migração de eleitores em suas cidades durante reunião recente em São Paulo.
O gato comeu O vice Aloysio Nunes resume a situação: “Muitos eleitores nossos dizem que preferiam Aécio, mas acham que só a Marina pode derrotar o PT. Essa é a pedreira que nós temos que enfrentar”. Ele afirma, no entanto, que ainda trabalha duro por uma virada.
Descrente O sindicalista João Inocentini (SDD), dirigente da Força Sindical que colaborou com o programa de governo do tucano, foi para o time dos que jogaram a toalha. Ele diz que “a vaca do Aécio já foi para o brejo”.