Na campanha de Dilma Rousseff, a primeira reação às revelações de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que apresentou uma lista de políticos supostamente envolvidos em um esquema de corrupção na estatal, é o medo de contaminação imediata das intenções de voto da presidente, que apresentaram recuperação na mais recente rodada de pesquisas eleitorais.
A preocupação é justificável. Quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Lava Jato, em março, pesquisas qualitativas mostraram que suspeitas de corrupção na Petrobras prejudicaram a imagem da presidente.
A orientação de Dilma é que ninguém na campanha ou no governo faça prejulgamentos, até porque até aqui só há citações a nomes e não às supostas irregularidades a que eles foram associados pelo ex-diretor da Petrobras.
Na noite de sexta-feira (5) e na manhã deste sábado (6), contudo, já havia o entendimento de que os nomes mais graúdos do campo governista terão de se afastar preventivamente caso surjam mais detalhes da investigação.
Os dois nomes mais citados são o tesoureiro petista João Vaccari Neto e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), que está em férias na campanha do filho no Maranhão. O primeiro, que já havia sido citado no escândalo, nega irregularidades. O segundo as negou à "Veja".
A revelação dos nomes faz parte de um acordo de delação premiada que Costa fechou no dia 22 de agosto com os procuradores da Operação Lava Jato.Delação premiada é a figura jurídica na qual um réu conta o que sabe à Justiça em troca de redução de pena.
Preocupação maior está na eventual acusação de suspeitas sobre a compra da refinaria de Pasadena, principal fator de desgaste para Dilma em março. Mesmo sem haver citação direta a ela, foi a petista que aprovou o negócio como presidente do Conselho de Administração da estatal.
A tensão no governo começou com a publicação em sites sobre a delação de Costa, na sexta à noite. A presidente chamou o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) para avaliar a situação e ambos ligaram para José Eduardo Cardozo (Justiça).
Segundo a Folha apurou, Dilma ficou "exasperada" com Cardozo, que é o superior da PF, porque ele "tinha tanta informação quanto as que circulavam pelo Congresso" sobre a delação.
Do ponto de vista dos estrategistas da campanha, é previsível que o PSB irá acentuar o discurso da "nova política" com a nova crise. O problema para Marina Silva é que também foi citado pela "Veja" o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE), morto em acidente em 13 de agosto.
Ainda não se sabe do que se trata a citação, e o PT sabe que teria de explorar com cuidado uma denúncia contra alguém cuja morte causou comoção.
Mas parece certo que o caso será alinhavado com as suspeitas sobre o jato que Campos usava quando morreu como prova de que a candidatura de Marina tem práticas da "velha política".
A preocupação é justificável. Quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Lava Jato, em março, pesquisas qualitativas mostraram que suspeitas de corrupção na Petrobras prejudicaram a imagem da presidente.
A orientação de Dilma é que ninguém na campanha ou no governo faça prejulgamentos, até porque até aqui só há citações a nomes e não às supostas irregularidades a que eles foram associados pelo ex-diretor da Petrobras.
Na noite de sexta-feira (5) e na manhã deste sábado (6), contudo, já havia o entendimento de que os nomes mais graúdos do campo governista terão de se afastar preventivamente caso surjam mais detalhes da investigação.
Os dois nomes mais citados são o tesoureiro petista João Vaccari Neto e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), que está em férias na campanha do filho no Maranhão. O primeiro, que já havia sido citado no escândalo, nega irregularidades. O segundo as negou à "Veja".
A revelação dos nomes faz parte de um acordo de delação premiada que Costa fechou no dia 22 de agosto com os procuradores da Operação Lava Jato.Delação premiada é a figura jurídica na qual um réu conta o que sabe à Justiça em troca de redução de pena.
Preocupação maior está na eventual acusação de suspeitas sobre a compra da refinaria de Pasadena, principal fator de desgaste para Dilma em março. Mesmo sem haver citação direta a ela, foi a petista que aprovou o negócio como presidente do Conselho de Administração da estatal.
A tensão no governo começou com a publicação em sites sobre a delação de Costa, na sexta à noite. A presidente chamou o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) para avaliar a situação e ambos ligaram para José Eduardo Cardozo (Justiça).
Segundo a Folha apurou, Dilma ficou "exasperada" com Cardozo, que é o superior da PF, porque ele "tinha tanta informação quanto as que circulavam pelo Congresso" sobre a delação.
Do ponto de vista dos estrategistas da campanha, é previsível que o PSB irá acentuar o discurso da "nova política" com a nova crise. O problema para Marina Silva é que também foi citado pela "Veja" o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE), morto em acidente em 13 de agosto.
Ainda não se sabe do que se trata a citação, e o PT sabe que teria de explorar com cuidado uma denúncia contra alguém cuja morte causou comoção.
Mas parece certo que o caso será alinhavado com as suspeitas sobre o jato que Campos usava quando morreu como prova de que a candidatura de Marina tem práticas da "velha política".
Editoria de Arte/Folhapress | ||