Fernando Nakagawa - O Estado de S. Paulo
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Jornal britânico lembrou que o reajuste está acima da inflação e o classificou como 'contra-ataque à oposição'
LONDRES - O jornal britânico Financial Times classificou o aumento
de 10% dos benefícios do programa Bolsa Família como um "passo populista" antes
das eleições presidenciais. Em reportagem, a publicação destaca que o reajuste
do valor transferido às famílias pobres será maior que a inflação que gira
atualmente em torno de 6%. Para o FT, é a ação "mais agressiva de
contra-ataque da presidente contra a oposição".
"O passo populista marca o mais agressivo contra-ataque da presidente contra a oposição, que tenta diminuir sua forte liderança nas pesquisas", diz o FT. A reportagem avalia o reajuste como "acentuado" e destaca que, apesar de Dilma Rousseff continuar líder isolada nas pesquisas de intenção de voto, a medida acontece dias após pesquisas mostrarem queda de Dilma e avanço dos oposicionistas Aécio Neves e Eduardo Campos.
O FT lembra ainda que atualmente cerca de 36 milhões de brasileiros
recebem o Bolsa Família. "Juntos, formam um grupo que é considerado por
analistas como uma base eleitoral leal ao Partido dos Trabalhadores,
particularmente no nordeste pobre do País", diz o texto.
"O passo populista marca o mais agressivo contra-ataque da presidente contra a oposição, que tenta diminuir sua forte liderança nas pesquisas", diz o FT. A reportagem avalia o reajuste como "acentuado" e destaca que, apesar de Dilma Rousseff continuar líder isolada nas pesquisas de intenção de voto, a medida acontece dias após pesquisas mostrarem queda de Dilma e avanço dos oposicionistas Aécio Neves e Eduardo Campos.
Ao lembrar que o aumento anunciado
na noite desta quarta-feira, 30, pela presidente Dilma em cadeia de rádio e
televisão é maior do que a inflação, a reportagem diz que a medida reforça o
programa de transferência de renda para os mais pobres que foi a marca do
período de quase 12 anos de governos do Partido dos Trabalhadores.