quinta-feira, 1 de maio de 2014

Força Sindical dá palanque a Aécio e Campos neste 1º de Maio

Maria Lima - O Globo

  • Pré-candidatos farão discursos em ato que terá ‘Fora, Dilma’ como palavra de ordem
 
 

Aécio Neves e Eduardo Campos, pré-candidatos à Presidência
Foto: Divulgação - 31/08/2013
Aécio Neves e Eduardo Campos, pré-candidatos à Presidência Divulgação - 31/08/2013

A festa organizada pela Força Sindical para celebrar, nesta quinta-feira em São Paulo, o Dia do Trabalhador será transformada em um grande palanque para os pré-candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Os dois falarão para um público estimado em 1,5 milhão de pessoas na Praça Campo de Bagatelle.

O ex-presidente da central sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP), o Paulinho da Força, anunciou que a plateia puxará, entre as palavras de ordem, o “Fora, Dilma”.

A presidente será representada no ato pelo secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, mas Paulinho já advertiu que o ministro poderá ser vaiado. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também estarão na festa da Força Sindical. No ato da CUT, que costuma ter um público menor, estará o ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, participará dos dois atos, mas não o fará representando Dilma.


— O tema Petrobras já chegou ao povão. Vamos falar bem da Dilma nos discursos (risos). Além de Petrobras, vamos bater na inflação, nos custos da Copa, nas questões trabalhistas não cumpridas. Gilberto pode levar vaia. Vamos puxar o coro “Fora, Dilma”. Até no ato da CUT, (os representantes do governo) se forem, estão arriscados a levar vaia — disse Paulinho.

Além da festa de São Paulo, a CUT realizará atos em todas as capitais do país. Seus dirigentes vão defender também a redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário; o fim do fator previdenciário e a valorização das aposentadorias, reforma política e democratização dos meios de comunicação.

PT faz encontro amanhã

Na noite da última terça-feira, o ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, se reuniu com líderes do PMDB para discutir o problema da CPI da Petrobras e tentou convencê-los de que o quadro de dificuldades poderia mudar após o pronunciamento de Dilma para o 1º de Maio. Na reunião que entrou pela madrugada, Mercadante disse ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao líder Eunicio Oliveira (PMDB-CE) e aos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Eduardo Braga (PMDB-AM) que Dilma faria um pronunciamento com forte componente político e recado para os adversários.

Após o pronunciamento, Dilma e o ex-presidente Lula aparecerão juntos no encontro nacional do PT, amanhã às 18h, em São Paulo. Será a primeira vez que Dilma vai enfrentar o público petista que articula, nos bastidores, o movimento “Volta, Lula”. Mas integrantes da Executiva do partido garantem que não haverá nenhum gesto de hostilidade, ou mesmo vozes defendendo a troca de candidatos a presidente.