Conselho recebeu contrato de Pasadena 15 dias antes, diz advogado de ex-diretor
Nestor Cerveró foi apontado por Dilma como autor de 'relatório falho' que fundamentou compra da refinaria; segundo defesa, ele está indignado por ser 'bode expiatório' e irá à Câmara no dia 16 para prestar esclarecimentos
Vinicius Neder - O Estado de São Paulo
Os membros do Conselho de Administração da Petrobras receberam, com 15
dias de antecedência, a cópia da proposta de contrato para a compra de metade da
refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), da trading belga Astra Oil, segundo
afirmou nesta quarta-feira, 2, o advogado do ex-diretor da Área Internacional da
Petrobrás Nestor Cerveró, Edson Ribeiro.
A operação de compra foi aprovada pelo conselho em fevereiro de 2006, quando o órgão era presidido pela presidente a presidente Dilma Rousseff.
A compra da refinaria, conforme revelou o Estado, teve o
voto favorável de Dilma. Ao todo, a Petrobras pagou US$ 1,2 bilhão, em duas
etapas, para comprar uma refinaria que, em 2005, custou US$ 42,5 milhões à Astra
Oil – quase 28 vezes menos.
Em nota ao Estado há duas semanas, a presidente Dilma disse que a decisão foi tomada com base num "resumo executivo" com "informações incompletas" e técnica e juridicamente falho. No texto, o resumo era creditado ao "diretor internacional", na época, Cerveró.
O diretor deixou a Petrobras em abril de 2012, sendo nomeado para a diretoria da BR Distribuidora. Após a repercussão negativa do caso, ele foi exonerado da diretoria financeira da BR Distribuidora no dia 21.
O advogado do ex-diretor informou ao Estado que está confirmado para o próximo dia 16, o depoimento de Cerveró na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, em Brasília. "Ele não se conforma e está indignado de ser colocado como bode expiatório", afirmou Ribeiro.
Na terça-feira, 1º., o advogado de Cerveró esteve em Brasília e, no Congresso, entregou uma carta na qual o cliente se coloca a disposição para prestar esclarecimentos. À Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF), entregou uma petição de mesmo teor, colocando-se à disposição para prestar esclarecimentos aos inquéritos em aberto.
A operação de compra foi aprovada pelo conselho em fevereiro de 2006, quando o órgão era presidido pela presidente a presidente Dilma Rousseff.
Alaor Filho/Estadão - 12.05.2006
Nestor Cerveró foi demitido da estatal após
resposta de Dilma
Em nota ao Estado há duas semanas, a presidente Dilma disse que a decisão foi tomada com base num "resumo executivo" com "informações incompletas" e técnica e juridicamente falho. No texto, o resumo era creditado ao "diretor internacional", na época, Cerveró.
O diretor deixou a Petrobras em abril de 2012, sendo nomeado para a diretoria da BR Distribuidora. Após a repercussão negativa do caso, ele foi exonerado da diretoria financeira da BR Distribuidora no dia 21.
O advogado do ex-diretor informou ao Estado que está confirmado para o próximo dia 16, o depoimento de Cerveró na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, em Brasília. "Ele não se conforma e está indignado de ser colocado como bode expiatório", afirmou Ribeiro.
Na terça-feira, 1º., o advogado de Cerveró esteve em Brasília e, no Congresso, entregou uma carta na qual o cliente se coloca a disposição para prestar esclarecimentos. À Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF), entregou uma petição de mesmo teor, colocando-se à disposição para prestar esclarecimentos aos inquéritos em aberto.