No inferno prisional à beira de um paraíso marinho trava-se guerra sangrenta de uma crise cruel
Em entrevista exclusiva à Rádio Estadão, o secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, delegado Walber Virgolino da Silva Ferreira, disse que o massacre que deixou 26 mortos em Alcaçuz, Nísia Floresta, um inferno à beira do paraíso que é a praia de Búzios, era “inevitável”. Poderia até ser. Mas a descrição do que aconteceu ali supera tudo. Não há um Instituto Médico Legal (IML) em Natal e o reconhecimento dos corpos só será feito porque a Paraíba emprestou os peritos para trabalharem sob a coordenação do Instituto Técnico Pericial da Zona Portuária. Membros das vítimas foram transportados em caminhonetes abertas e acondicionados em refrigeradores alugados pelo Estado.
(Comentário no Direto da Redação 3 da Rádio Estadão – FM 92,9 – na segunda-feira 16 de janeiro de 2017, às 17h32)