Um total de 1,2 milhão de pessoas foram punidas desde o início de 2012 na atual campanha contra a corrupção na China. Cerca de 2.600 fugitivos foram repatriados e as autoridades apreenderam bens no valor de 8,6 bilhões de iuanes (3,4 bilhões de reais), indicou a Comissão Centra de Inspeção Disciplinar (CCDI) do Partido Comunista da China (PCC), encarregada da campanha contra a corrupção nos quadros comunistas.
No entanto, em 2016, pela primeira vez desde o início da campanha, diminuiu o número de casos de corrupção assinalados à comissão. Em 2016, 57.000 integrantes do PC chinês se apresentaram de forma voluntária ante as autoridades anticorrupção.
Desde sua chegada ao poder em 2012, o presidente Xi Jinping supervisiona uma campanha de muito impacto público contra a corrupção. Alguns analistas consideram que essa campanha contra um mal profundo na sociedade chinesa é, além disso, um instrumento para eliminar adversários políticos.
Nova agência — A China anunciou nesta semana um novo órgão de combate à corrupção para supervisionar as ações de funcionários de todos os escalões do governo. Especialistas, no entanto, temem que o novo órgão dê ainda mais influência ao presidente Xi.
Segundo autoridades, a “comissão supervisora nacional” deve começar a funcionar no ano que vem irá mirar em propinas e desvio de função tanto dos funcionários mais baixos quanto dos mais altos do governo, com poderes de interrogar e deter suspeitos, congelar ativos e, em alguns casos, conceber punições.
O órgão irá juntar diversas agências supervisoras e centralizar a atividade da vasta burocracia chinesa. No papel, ela irá responder diretamente ao Parlamento.