A vereadora de Recife Marília Arraes (PT) negou, na tarde desta quarta-feira, que irá retirar a sua pré-candidatura ao governo de Pernambuco. Ele classificou as informações sobre a sua saída da disputa, que faria parte da negociação entre as direções nacionais do PT e PSB, de "ataque especulativo".
— Estão dizendo que está batido o martelo, que houve uma negociação de gabinete, que a executiva nacional do PT vai enquadrar Pernambuco, vai recomendar que Pernambuco tenha uma aliança. Nada disso é verdade. Nós estamos firmes. Não vamos deixar que a esperança de Pernambuco seja usada como moeda de troca — afirmou Marília, em um vídeo gravado.
Marília também citou o ex-presidente Lula para defender o seu direto de permanecer como candidata.
— Vamos continuar defendendo o presidente Lula. Defendendo o direto de Lula ser candidato e que aqui em Pernambuco esse projeto do presidente Lula seja representado por nós.
A neta de Miguel Arraes afirmou que "ao longo dos últimos meses enfrentou diversos ataques especulativos contra a sua candidatura, de que não haveria candidatura, de que o PT de Pernambuco seria usado como moeda de troca em negociações".
— Esse é mais um grande ataque especulativo para desmobilizar a nossa militância.
O PT de Pernambuco realiza nesta quinta-feira o seu encontro estadual para definir se manterá a candidatura própria ou irá se aliar ao PSB, do governador Paulo Câmara. A avaliação de lideranças do partido no estado é que a posição em favor de Marília é majoritária entre os delegados habilitados a participar do encontro.
Anteriormente, Marília havia afirmado que só aceitaria retirar a sua candidatura se o PSB apoiasse formalmente a candidatura presidencial do PT.
A declaração vem após fontes do PSB informarem que o partido teria chegado a um acordo com o PT, que envolveria a retirada da candidatura de Marília no estado. O objetivo seria fortalecer a campanha de Paulo Câmara (PSB), que busca a reeleição. Em troca, o PSB retiraria sua candidatura ao governo de Minas.
Sérgio Roxo, O Globo