Falar sobre o Bem e o Mal pode parecer uma explanação religiosa para estimular a consciência das pessoas; considero, entretanto, que é uma ferramenta intelectual para favorecer a emancipação humana das correntes ideológicas que aprisionam a democracia autêntica, a igualdade social e a liberdade individual.
Sem a noção da dicotomia do Bem e do Mal, sacrifica-se a Justiça que a serviço do Mal faz a balança pender em favor daqueles usuários de foro privilegiado, mais iguais do que os outros, como temos assistido na conjuntura nacional.
A defesa do Bem, é a condição fundamental de termos uma Justiça guardiã da igualdade, com a faculdade de estabelecer julgamentos isentos de pressões, sejam do poder ou das minorias ruidosas.
Para evitar que o poder político fique a serviço de uns poucos, é necessário e urgente o despertar dos homens e mulheres, para que a função do Estado não se limite a garantir eleições teoricamente “livres”, mas que afaste o despotismo coronelista, o partidarismo de grupos e a fraude na apuração dos votos.
Não é difícil fazer a distinção do Bem e do Mal. Em religião, ética e filosofia, o bem e o mal referem-se à avaliação de objetos, desejos e comportamentos através de um espectro dualístico. Segundo uma alegoria de Paulo Coelho, “O que vai contra a nossa natureza é o Mal” – respondeu o mestre. – “Todo o resto é o Bem”.
Discutindo esta dicotomia, o filósofo João Antonio Wiegerink escreveu: “o bem e o mal são elementos temporais e espaciais, portanto relativos, pertencentes aos momentos históricos”. No momento histórico que atravessamos, é fácil encontrá-los e distingui-los.
Estes contrários nos fazem ver que, infelizmente, o entendimento das massas pobres, sôfregas em suprir a necessidade primária de alimento, abrigo, preservação da saúde e segurança, cede lugar à independência e a exigência pelos seus direitos políticos e sociais.
Como a miséria é má conselheira, a alienação não distingue o certo ou errado, bom ou mau, moral ou imoral. Disso se aproveitam os agentes do mal prometendo utopias irrealizáveis, impondo a luta de classes e até copos d’água no deserto…
Foi isto o que assistimos na Era Petista, que proveu esmolas em vez de trabalho e ignorância em lugar da informação. Agora, mesmo apeados do poder, os lulopetistas defendem as “políticas sociais” nefastas e repetem mentiras para esconder os crimes praticados por Lula da Silva, seu chefe.
Há outros exemplos notáveis do que é o “mal” em governos totalitários, comunistas ou fascistas, usando o Estado como capataz das relações sociais e econômicas, controlando a Educação e disciplinando os meios de comunicação; e, pior, apagam no Brasil, a nossa História e os verdadeiros heróis do povo, substituindo-os pelos corruptos da tesouraria partidária.
Independente, porém, das cartilhas do partido e das ideologias de experiência negativa que escravizou o povo e infligiu castigos para os discordantes, a realidade não confunde os valores de justiça, a moral e o respeito humano mútuo.
Não dá para esquecer que o “mal” quer submeter os seus opositores e as minorias étnicas, linguísticas, religiosas e políticas aos seus tribunais de exceção, como na Venezuela, onde foram excluídos os magistrados verdadeiramente cumpridores da Justiça.
Cabe, portanto, aos que veem no “bem” a consideração pela vida e o seu progresso, pela justiça, pela liberdade e felicidade, lutar contra o “mal” que divide a sociedade entre “nós e os outros” e planejam a submissão nacional ao partido e ao Estado.
A luta do “bem” contra o “mal” pode, em tese, parecer eterna; mas não é. Se imprimirmos e defendermos a cultura do bem, conseguiremos banir a demagogia, o populismo barato, a ganância dos políticos profissionais e a transformação doa poderes republicanos em mercados varejistas de vantagens e privilégios.