O artigo do “WSJ”, publicado nesta quinta-feira, destaca que não é que, de repente, investidores tenham encontrado um porto seguro no “politicamente instável Brasil”. Segundo o periódico, parte do que está sendo observado no país está em linha com uma tendência global de fortalecimento de divisas de países emergentes, algo que parecia improvável logo após a confirmação do Brexit. A expectativa de analistas era que a turbulência global gerasse uma aversão generalizada ao risco e, com isso, uma fuga de capitais de mercados como o Brasil. O fator EUA, no entanto, pesou mais forte.
O texto destaca ainda que o real tem espaço para subir, já que se desvalorizou muito frente ao dólar no ano passado. “Parte da força do real pode ser creditada à sua recente fraqueza. A moeda perdeu metade de seu valor desde 2011, quando comparada ao dólar, e atingiu a mínima histórica em janeiro. Então, tem espaço para ganhar”, continua o artigo.
Por fim, as expectativas em relação à crise política também influenciam. “O recente rally mostra como investidores acreditam que, uma vez que o atual regime político for colocado de lado, o potencial da economia brasileira será liberado. A questão é se um país cuja elite política está envolvida em escândalos de corrupção pode entregar tais promessas”, afirma o jornal americano.