Com a intenção de reformular o funcionamento da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), o governo interino de Michel Temer cortou as transmissões feitas ao vivo pela TV NBR durante viagens presidenciais.
A avaliação é que elas são desnecessárias e que o montante despendido é exagerado. Segundo cálculo feito pelo Palácio do Planalto, em média, o custo de transmissão e de deslocamento de profissionais durante uma viagem presidencial era de R$ 300 mil.
A nova regra foi adotada, por exemplo, na visita feita nesta terça-feira (28) pelo presidente interino à nova fábrica de celulose da empresa Klabin, em Ortigueira, no interior do Paraná.
A TV NBR é um canal do governo federal responsável por divulgar discursos, informações e entrevistas sobre iniciativas do governo federal.
Também nesta terça-feira (28), a AGU (Advocacia-Geral da União) protocolou recurso no Supremo Tribunal Federal contra decisão do ministro Dias Toffoli que manteve Ricardo Melo na direção da EBC, após a sua demissão pelo governo interino.
No recurso, a AGU argumenta que a manutenção de Ricardo Melo no cargo, nomeado pela presidente afastada Dilma Rousseff, "vem causando prejuízos imediatos ao inviabilizar a realização das necessárias medidas de recuperação da empresa, que contabiliza um déficit de aproximadamente R$ 94,8 milhões".
No plano de reestruturação da EBC, o governo peemedebista estuda diminuir a atuação do grupo de comunicação e fechar a TV Brasil, responsável por metade dos custos da companhia.
Também controlada pela EBC, a TV Brasil inclui uma programação mais diversificada que a TV NBR, com documentários e programas de entretenimento.
As demais linhas de negócio, no entanto, devem ser mantidas, como a agência de notícias, produção independente de conteúdo e o monitoramento de mídia.