quarta-feira, 29 de junho de 2016

CBF demite o fotógrafo do Instituto Lula

Gian Amato e Lauro Neto - O Globo



A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já demitiu pelo menos quatro funcionários, alguns com mais de 25 anos de casa, desde a noite desta segunda-feira. A estimativa é a de que as demissões cheguem a 20, em todos os setores.  O fotógrafo oficial do Instituto Lula e da CBF, Ricardo Stuckert, que recebia cerca de R$ 35 mil, também saiu da empresa. As quatro pessoas que foram notificadas com a carta de aviso prévio, no fim do expediente, são: Lucia Baião, de 80 anos, com 35 anos na área técnica; Rita Penha, do registro, com 25 anos de empresa; Uliancir Rodrigo, há mais de 20 no jurídico; e o editor do site Luiz Augusto Nunes, que trabalhava desde a Copa de 2002 na comunicação. Apesar da longa carreira, eles ganhavam em média R$ 4 mil.
- Os colegas estão preocupados sobretudo com a Lucia, porque ela está entrando em depressão. Temem que ela tenha algo pior - contou uma fonte interna da CBF.
A decisão foi tomada a partir de relatórios de avaliação feitos por gestores da Ernest Young, consultoria contratada pela entidade em 2015. Segundo fontes da CBF, no caso de Stuckert, ele já havia deixado de ser empregado com carteira assinada para continuar a prestar serviços como freelancer. No último domingo, por exemplo, ele estava no Pacaembu, onde fotografou o clássico entre São Paulo e Santos. Devido ao programa da Ernest Young, muita gente já sabia que o dia da demissão chegaria, o que não aliviou o clima de enterro.  Diferentes fontes da entidade confirmaram as informações ao Panorama Esportivo. 
- Está um clima de velório terrível. Todo mundo muito triste. Muitos demitidos tinham 26 anos de casa e salários altos - lamentou um funcionário, que pediu anonimato. - A justificativa que deram foi a renovação do quadro de funcionários, trocando os velhos e por gente mais nova. Ainda há uma lista de gente que vai ser demitida.
O prédio da CBF, na Barra da Tijuca