“Nelson Rodrigues era, no fundo, um romântico”, dizia Bruce Gomlevski, ao comentar a cenografia de “O anti-Nelson Rodrigues”, peça dirigida por ele que estreou anteontem, no CCBB. As 600 rosas que cobriam o palco do teatro simbolizavam justamente esse romantismo que, segundo Bruce, Nelson carregava “lá no fundo”.
Encenada pela primeira vez há 40 anos, a peça teve José Wilker como o protagonista Oswaldinho, um inescrupuloso e mulherengo que ganhou de Nelson falas memoráveis, como “Sabe por que eu não gosto de grã-fina? Porque tem a bunda chata”. Na nova versão, Oswaldinho é interpretado por Joaquim Lopes.
Encenada pela primeira vez há 40 anos, a peça teve José Wilker como o protagonista Oswaldinho, um inescrupuloso e mulherengo que ganhou de Nelson falas memoráveis, como “Sabe por que eu não gosto de grã-fina? Porque tem a bunda chata”. Na nova versão, Oswaldinho é interpretado por Joaquim Lopes.
O personagem nunca recebeu ‘não’ de mulher alguma, e acaba se sentindo desafiado a conquistar uma moça certinha, testemunha de Jeová, por quem acaba se apaixonando.
“Oswaldinho não é um mau caráter comum, ele acaba se rendendo ao amor. Cafajeste mesmo é um cara que goza sozinho. Não quer se dar, se doar; ele mesmo se basta”, defende Joaquim.
O ator diz que é completamente diferente do personagem. “Eu quis fazer esse papel por causa da distância que ele tem de mim, para sair da zona de conforto. Sou zero canalha”, conta ele, que é uma cria do amor romântico. “Meus pais são casados há 48 anos, tenho referência de sobra para acreditar”.
Joaquim estava entusiasmado com o papel, e com o fato de estar encenando um texto de Nelson Rodrigues. “Apesar de ser um Nelson diferente, com final feliz, dá para identificá-lo em muitos dos diálogos, em frases como ‘sexo é para operário’ ou ‘sexo só faz canalhas’... O cara era um grande frasista mesmo.”
“Oswaldinho não é um mau caráter comum, ele acaba se rendendo ao amor. Cafajeste mesmo é um cara que goza sozinho. Não quer se dar, se doar; ele mesmo se basta”, defende Joaquim.
O ator diz que é completamente diferente do personagem. “Eu quis fazer esse papel por causa da distância que ele tem de mim, para sair da zona de conforto. Sou zero canalha”, conta ele, que é uma cria do amor romântico. “Meus pais são casados há 48 anos, tenho referência de sobra para acreditar”.
Joaquim estava entusiasmado com o papel, e com o fato de estar encenando um texto de Nelson Rodrigues. “Apesar de ser um Nelson diferente, com final feliz, dá para identificá-lo em muitos dos diálogos, em frases como ‘sexo é para operário’ ou ‘sexo só faz canalhas’... O cara era um grande frasista mesmo.”
(Fotos: Marcos Ramos)