Intrigado com a quantidade de comentaristas ansiosos por “intervenções militares”, estava no segundo parágrafo de um post sobre o assunto quando li o texto da nossa Valentina de Botas. Como vocês verão, ela escreveu pela coluna. (AN)
A reeleição de Dilma Rousseff, um vexame planetário, mostrou que frustração, por pouco ou por muito, é melhor quando não acontece. Não sou fatalista, determinista, nem supersticiosa – superstições dão azar –, também não faço o jogo do contente e duvido um pouco dessa história de que tem mal que vem para o bem – prefiro mesmo é bem que vem para o bem. Mesmo a volta da oposição não é bem que atribuo à vitória do PT, mal do qual não nasce nada bom. Mas pode vir mais mal e, provando isso, o cara que pede intervenção militar seria até engraçado se não fosse uma besta, como bem encerra Roberto Pompeu de Toledo.
Na linha do grande texto, as perguntas poderiam continuar: o cara quer intervenção para…? Acabar com a corrupção? Ora, a ditadura militar foi extremamente corrupta e vá tentar apurar maracutaias sob uma ditadura. Nem mesmo é possível denunciá-las. Considerando que qualquer grupo rouba menos do que o PT, essa anomalia, por que não uma intervenção dos, sei lá, astrólogos? Ah, sim, o sujeito quer intervenção militar para defender as instituições democráticas. Outra vez, seria cômico, se não fosse cretinice.