sábado, 19 de janeiro de 2019

Cinco dicas muito além da Rodeo Drive para quem vai a Beverly Hills, na Califórnia

Queijos a venda no Wally’s, em Beverly Hills, Califórnia Foto: Beth Coller / The New York Times
Queijos a venda no Wally’s, em Beverly Hills, Califórnia Foto: Beth Coller / The New York Times

Beverly Hills é mais acessível do que se esperaria de uma área geralmente associada a Lamborghinis e estrelas de reality shows, com um número surpreendente de cafés convidativos e diversas áreas verdes. Esse charme de cidade pequena, agregado ao paladar refinado dos moradores, foi o que atraiu Cash Black para a área, há sete anos.

- Joias, carros, vinhos... Beverly Hills tem o melhor do melhor - afirma.
Black, que começou a carreira como manobrista e hoje é o principal bartender do £10, um scotch bar minúsculo dentro do hotel Montage Beverly Hills, adquiriu um conhecimento excepcional do destilado. Nas horas vagas, é cowboy, e gosta de lidar com o gado nos fins de semana. Aqui estão cinco de seus lugares preferidos em Beverly Hills.

1. Wally's

As mesas com tampo de mármore cercadas por prateleiras lotadas de garrafas de vinho até o teto no
Wally’s, em Beverly Hills, Califórnia Foto: Beth Coller / The New York Times
As mesas com tampo de mármore cercadas por prateleiras lotadas de garrafas de vinho até o teto no Wally’s, em Beverly Hills, Califórnia Foto: Beth Coller / The New York Times
O padrão de Black para bares e afins obviamente é bem alto, mas o ambiente desse bistrô excepcional, a três quadras do hotel onde trabalha, se mostra irresistível.
- O clima do bar é muito gostoso, os drinques são bem-feitos e os bartenders, superatenciosos - descreve.
As mesas com tampo de mármore são guardadas de ambos os lados por prateleiras lotadas de garrafas de vinho até o teto, o que não deixa de ser uma imagem impressionante (são mais ou menos nove mil garrafas). "Tem muita energia ali dentro", comenta.
447 North Canon Drive ; wallywine.com

2. Urth Caffe

Urth Caffe, ideal para refeições em família, em Beverly Hills, Califórnia Foto: Beth Coller / The New York Times
Urth Caffe, ideal para refeições em família, em Beverly Hills, Califórnia Foto: Beth Coller / The New York Times
De vez em quando os pais de Black saem de Las Vegas, onde moram (o pai dele cultiva maconha medicinal, e a mãe disputa corridas de barril nos rodeios), para lhe fazer uma visita e esse é um de seus lugares favoritos. Os pratos servidos no brunch são fartos e o serviço, ágil, mas é a infinidade de opções de sobremesa que encanta a clientela: torta de banana e creme, tiramisù de matcha, royale de coco... O cardápio, bem variado, é perfeito para a família toda:
- Minha família é daquelas que pedem sete pratos e todo mundo come tudo, mas minha mãe alucina com os bolos.
Há oito filiais espalhadas pela cidade, incluindo a novidade no Aeroporto Internacional de Los Angeles.
267 South Beverly Drive; urthcaffe.com

3. Momed

Prato do Momed, restaurante mediterrâneo em Beverly Hills, Califórnia Foto: Beth Coller / The New York Times
Prato do Momed, restaurante mediterrâneo em Beverly Hills, Califórnia Foto: Beth Coller / The New York Times
Dentro desse restaurante em estilo mediterrâneo, espaçoso e despretensioso, a vitrine exibe porções coloridas de muhammara turca (um dip de pimentão vermelho assado) e homus cremoso, e há mesas na calçada para quem gosta de observar o movimento na South Beverly Drive. Para Black, é o cenário perfeito para um jantar no início da noite, antes de começar a trabalhar; o happy hour diário (das 14h30 às 17h30) inclui travessas de mezze a US$ 5, sempre servidas com um cesto de pão pita quentinho.
- O custo-benefício é surpreendente em uma cidade onde as entradas geralmente são caras demais e nem sempre tão boas - afirma.
233 South Beverly Drive; atmomed.com

4. Wallis Annenberg Center

Wallis Annenberg Center, uma agência de correios dos anos 1930 que agora abriga exposições e performances artísticas em Beverly Hills Foto: Beth Coller / The New York Times
Wallis Annenberg Center, uma agência de correios dos anos 1930 que agora abriga exposições e performances artísticas em Beverly Hills Foto: Beth Coller / The New York Times
Uma agência de correio dos anos 30, reformada – que hoje funciona como centro de artes performáticas, com um salão principal de 500 lugares e outro, menor, de 150, para produções menores –, se tornou um importante centro comunitário no meio de uma área quase que exclusivamente comercial. A estrutura tem um significado especial para Black, que pretendia ser ator quando se mudou para Los Angeles.
- É fantástico ver que a cidade compreende e dá valor à comunidade artística - afirma, destacando a qualidade das produções recentes, como "A Long Day's Journey Into Night" e o monólogo de Joe Morton, "Turn Me Loose". - Vivemos na capital nacional da criatividade, mas até a inauguração deste centro, em 2013, não havia muitos lugares onde se podia assistir a espetáculos de qualidade.
9390 North Santa Monica Blvd.; thewallis.org

5. Virginia Robinson Gardens

Virginia Robinson Gardens, um dos pontos mais relaxantes de Beverly Hills, Califórnia Foto: Beth Coller / The New York Times
Virginia Robinson Gardens, um dos pontos mais relaxantes de Beverly Hills, Califórnia Foto: Beth Coller / The New York Times
Quando não está servindo doses de uísque de US$ 300 ou tentando conciliar reservas de última hora no bar, Black pega a North Beverly Drive, aproveitando para admirar a opulência ao longo do caminho que já apareceu em inúmeros filmes:
- São casas incríveis. Tem uma com o jardim coalhado de estátuas de animais!
Seu esconderijo favorito? O Virginia Robinson Gardens, uma propriedade de quase 2,5 hectares construída em 1911 com uma minifloresta de palmeiras-reais, um jardim de rosas e uma mansão em estilo Beaux-Arts. A dona, a socialite Virginia Dryden Robinson, já falecida, era conhecida pelos gostos extravagantes e os hóspedes famosos que recebeu (Fred Astaire costumava jogar tênis no quintal).
- Ela era bem festeira; bom, pelo menos é assim que ficou conhecida - conclui Black.
1008 Elden Way (somente com hora marcada); robinsongardens.org

Alex Schechter / 2019 / The New York Times