quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Ações da Vale chegam a subir 8% e puxam alta da Bolsa

Bolsa abriu e segue em alta de mais de 1% com o apoio direto das ações ordinárias da Vale, as mais negociadas nesse início de pregão, com quase seis vezes o giro financeiro da segunda colocada. Na máxima, a ação da mineradora subiu mais de 8%. As ações da Petrobrás também sobem nesta quarta-feira de alta do petróleo em Londres e em Nova York. Hoje, a petroleira informou que o processo de venda da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), à Chevron está em fase de negociação. 
"Embora as negociações estejam em estágio de conclusão, a operação ainda não foi apreciada pelo Conselho de Administração da Companhia."
Bolsa
Vale e Petrobrás puxam alta da Bolsa Foto: Gabriela Biló/Estadão
No câmbio, o dólar alternou altas e baixas no mercado à vista, subindo levemente até a máxima em R$ 3,7247 (+0,14%) para logo voltar a recuar em seguida em meio ao otimismo com o avanço da reforma da Previdência e expectativas dos leilões de linha de até US$ 6,2 bilhões hoje e amanhã. A volatilidade no câmbio também é justificada pela proximidade da definição da taxa Ptax do mês, prevista para amanhã. 
Às 10h29, o Ibovespa subia 1,30% aos 96.884 pontos. Na máxima, marcou 97.107 pontos em alta de 1,53%. A Unit do Santander caía 2,29%, horas depois de o banco divulgar lucro líquido gerencial de R$ 12,398 bilhões, incremento de 24,6% em relação ao de 2017 e maior que a meta do banco. A Vale ON subia 7,11%, depois de bater máxima intraday em alta de 8,2%. A PN da Bradespar subia 5,15%.
Perto do horário acima, o dólar à vista caía 0,03% aos R$ 3,7186. O DI para janeiro de 2021 exibia 7,07% ante 7,111% no ajuste de ontem.

Ainda sobre a Vale, o ex-secretário nacional de Minas e Metalurgia e consultor da Adhoc Consultores Associados, Luciano Borges, estima que as perdas financeiras da Vale ao longo dos próximos três anos podem atingir até US$ 15 bilhões, em razão da paralisação da produção anual de 40 milhões de toneladas de minério de ferro e os demais gastos com a tragédia de Brumadinho. Convertendo para reais, o montante calculado por Borges é inferior aos R$ 71 bilhões perdidos perdidos na segunda-feira em valor de mercado.

Karla Spotorno, O Estado de S.Paulo