Após o tombo de quase 25% na véspera, as ações da Vale tiveram leve alta e ajudaram a Bolsa brasileira a recuperar o terreno positivo. O dólar caiu mais de 1%.
Os papéis da mineradora, que refletiram o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), passaram por um movimento de analistas do mercado chamam de correção, uma pequena mudança de sinal após uma forte ou baixa no valor das ações.
Os papéis ganharam 0,84% e fecharam a R$ 42,74, depois de terem saltado mais de 4% no começo do pregão. O Ibovespa subiu 0,20% e fechou a 95.639 pontos. O giro financeiro foi de R$ 16,9 bilhões.
Na Bolsa de Nova York, os recibos de ações da Vale subiam mais de 2%, após dois pregões de forte queda.
Investidores seguem, porém, atentos ao noticiário para pautar suas decisões sobre a companhia. Analistas do mercado têm repetido que, até aqui, os bloqueios e punições pela nova tragédia não afetarão condições financeiras da empresa.
Eles reforçam, porém, que a volatilidade vai persistir conforme surgirem novas informações sobre o caso.
No exterior, as Bolsas trabalharam majoritariamente no positivo apesar da expectativa de nova votação sobre o brexit no Reino Unido e também pelo desenrolar das disputas comerciais entre Estados Unidos e China.
Em Nova York, não há tendência definida para os principais índices.
O dólar caiu mais de 1% e analistas atribuíram o movimento a um fluxo de investidores estrangeiros de volta ao país.
"Há oportunismo com relação aos papéis da Vale, uma caça às pechinchas. A gente vem acompanhando um ingresso forte de estrangeiros aproveitando esse momento de desvalorização", afirmou Ricardo Gomes da Silva Filho, da Correparti Corretora.
No exterior, investidores aguardam uma quarta-feira movimentada, com membros do Federal Reserve se reunindo para o segundo dia da reunião de política monetária. A autoridade deve sinalizar uma pausa no ciclo de aperto monetário, além de reconhecer que há riscos crescentes à maior economia do mundo.
O mercado também aguarda com cautela a nova rodada de negociações comerciais entre EUA e China, com a visita do vice-premiê chinês, Liu He, prevista para quarta e quinta-feira.
Com Reuters