O Globo
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) avançou 1,3 ponto em dezembro de 2017, para 99,6 pontos, o maior desde janeiro de 2014 (100,1 pontos). Após seis altas consecutivas, o índice encerra o ano 14,9 pontos acima do mesmo mês do ano anterior.
Segundo a coordendora da Sondagem da Indústria da FGV IBRE., Tabi Thuler Santos, “ao passar de 100 pontos, o Índice de Expectativas retrata otimismo quanto ao futuro próximo – pela primeira vez desde setembro de 2013, há prevalência de respostas otimistas na pesquisa, o que reforça a perspectiva do setor de continuidade da recuperação da confiança em 2018". Tabi diz que a indústria percebeu a melhora no ambiente de negócios e acredita na manutenção dessa trajetória favorável nos próximos meses.
Onze dos dos 19 segmentos industriais registraram alta da confiança este mês. O Índice de Expectativas (IE) subiu 1,4 ponto, para 100,8 pontos, o maior desde junho de 2013 (105,1).
O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,3 ponto, para 98,5 pontos, o maior desde fevereiro de 2014 (99,5).
A melhora na percepção sobre os negócios foi o principal fator a contribuir para a alta do ISA em dezembro. O indicador de situação atual dos negócios subiu 3,4 pontos, para 95,2 pontos pontos – o maior desde abril de 2014 (98,0). Os dados da FGV mostram que um aumento entre as empresas que avaliam a situação como boa caiu de 15,8% para 14,8% do total, entretando o percentual daquela que avaliam como ruim teve queda de 25,2% para 20,2% do total.
O indicador de expectativas com a evolução dos negócios nos seis meses seguintes avançou 5,4 pontos, para 103,1 pontos – o maior desde junho de 2013 (105,3), sendo a principal contribuição para a alta do IE no mês. O percentual de empresas que acredita na melhora dos negócios subiu de 42,7% para 45,7% do total. A parcela das que esperam piora nos negócios teve uma redução de 14,8% para 9% das 1.101 empresas ouvidas pela FGV, entre os dias 1 e 22 deste mês.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) aumentou 0,3 ponto percentual (p.p.) entre novembro e dezembro, para 74,5%, o maior desde julho deste ano. Na métrica trimestral, o NUCI avança 0,1 p.p. no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior, para 74,3%.