Vinicius Neder, O Estado de S.Paulo
Apesar da queda no desemprego nos últimos meses, o País ainda tinha 12,6 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado significa que há mais 439 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 3,6%.
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,0% no trimestre encerrado em novembro. O resultado ficou em linha com a mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego de 11,90% a 12,20%, sem ajuste sazonal. Em igual período de 2016, a desocupação medida pela Pnad Contínua estava em 11,9%.
A taxa de 12,0% é a maior para os trimestres encerrados em novembro desde o início da série da Pnad Contínua, em 2012. No trimestre até outubro, o resultado ficou em 12,2%.
Ao mesmo tempo, foram criados 1,738 milhão de postos de trabalho no período de um ano. Isso porque o total de ocupados cresceu 1,9% entre o trimestre encerrado em novembro de 2016 e igual período deste ano. O contingente total da população ocupada, de 91,9 milhões de pessoas, é o maior desde o quarto trimestre de 2015, quando o contingente ficou em 92,2 milhões de pessoas.
Em novembro, o País tinha 86 mil brasileiros a menos na inatividade, em relação ao patamar de um ano antes. O recuo na população que está fora da força de trabalho foi de 0,1% ante o trimestre encerrado em novembro de 2016.
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,4% no trimestre terminado em novembro.
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A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.142 no trimestre encerrado em novembro. O resultado representa alta de 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 191,9 bilhões no trimestre até novembro, alta de 4,5% ante igual período do ano anterior.
Postos de trabalho. O mercado de trabalho no País perdeu 857 mil vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 2,5% no trimestre encerrado em novembro ante igual período do ano anterior.
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Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 6,9%, com 718 mil empregados a mais, na mesma base de comparação. O total de empregadores cresceu 5,8% ante o trimestre até novembro de 2016, com 243 mil pessoas a mais.
O trabalho por conta própria cresceu 5,0% no período, com 1,1 milhão de pessoas a mais nessa condição. A condição de trabalhador familiar auxiliar aumentou 6,7%, com 141 mil ocupados a mais. O setor público gerou 142 mil vagas, um aumento de 1,2% na ocupação nessa categoria.
Houve aumento de 250 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 4,1% de ocupados a mais nessa função.