O Globo com agências internacionais
NOVA YORK — O Goldman Sachs anunciou nesta sexta-feira que estima uma redução de US$ 5 bilhões no lucro do quarto trimestre devido à reforma Tributária aprovada semana passada pelo governo de Donald Trump. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (Securities and Exchange Comission), o gigante financeiro informou que dois terços desse montante se devem às mudanças nos impostos de repatriação pagos por dinheiro e ativos mantidos no exterior. O restante inclui o “impacto da aplicação do sistema tributário territorial.
No entanto, o Goldman Sachs não informou como as mudanças na legislação fiscal afetariam seus planos futuros de investimento.
As empresas americanas encontraram formas legais de manter dinheiro no exterior para evitar impostos corporativos mais altos nos EUA. A expectativa é de que as mudanças na lei levem à repatriação de cerca de US$ 2,5 bilhões ou mais para o país. No entanto, os economistas acreditam que a queda dos impostos compensará o efeito econômico total.
No passado, a repatriação de ganhos não teve um efeito considerável na economia americana.
Uma lei de 2004 reduziu temporariamente os impostos sobre ganhos repatriados de 35% para 5,25%. A medida fez com que 843 empresas levassem de volta ao país US$ 312 bilhões. No entanto, a maioria usava o dinheiro para recomprar ações de suas companhias em vez de promover contratações ou expansão dos negócios.
A reforma fiscal da administração de Donald Trump, a mais ambiciosa dos últimos 30 anos nos EUA, inclui uma baixa significativa de impostos sobretudo para as empresas e os mais ricos e também traz algum desagravamento fiscal aos trabalhadores e famílias. A nova legislação é considerada uma vitória de Trump, uma vez que gera alterações significativas na tributação das grandes empresas.