A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concluiu um inquérito administrativo aberto em março de 2016 e que culminou com a acusação formal de oito ex-diretores e ex-presidentes da Petrobras. Eles são acusados de possíveis irregularidades na contratação dos navios-sonda Petrobras 10.000, Vitória 10.000 e Pride US 5.
No processo, que pode ser encontrado no site do órgão regulador do mercado, consta que a acusação se refere a "apuração de eventuais irregularidades relacionadas à possível inobservância de deveres fiduciários de administradores da Petrobras em relação à contratação desses três navios-sondas”.
Estão sendo acusados os ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Maria das Graças Foster, e os ex-dir5etores Almir Barbassa, Guilherme Estrella, Ildo Sauer, Nestor Cerveró, Renato Duque e Paulo Roberto Costa.
Nas informações disponíveis no site da CVM não consta quais são as acusações específicas desses ex- gestores da estatal, mas, entre os chamados "deveres fiduciários", o administrador deve agir no interesse do bem da companhia e não no interesse próprio; deve lealdade à companhia e, antes de tomar uma decisão, deve obter todas as informações necessárias para que possa decidir de forma coerente em benefício da companhia, além de agir de boa fé e disciplina.
Os ex-diretores Nestor Cerveró, Renato Duque e Paulo Roberto Costa estão indiciados nos inquéritos da Polícia Federal na Operação Lava-Jato.