- Luiz Cláudio Barbosa/Código19/Estadão ConteúdoLocal de trabalho do juiz federal Sérgio Moro faz parte da rota turística
Uma prisão, um quadro de Joan Miró confiscado e o local de trabalho do juiz Sergio Moro são alguns dos pontos incluídos em um tour pela cidade de Curitiba, que mostra os lugares mais ilustres da Operação Lava Jato para os turistas interessados na investigação.
Com uma duração de aproximadamente quatro horas, o passeio explica com um guia instruído para a ocasião como ocorreram os milionários desvios da Petrobras, pelos quais já foram presas dezenas de executivos e políticos.
Com uma duração de aproximadamente quatro horas, o passeio explica com um guia instruído para a ocasião como ocorreram os milionários desvios da Petrobras, pelos quais já foram presas dezenas de executivos e políticos.
"A ideia surgiu a partir da demanda dos próprios turistas que atendemos. Queriam conhecer um pouco sobre onde trabalhava o juiz Sérgio Moro e entender o caso", comentou Bibiana Antoniacomi, proprietária e diretora da empresa de turismo receptivo e organização de eventos Special Paraná.
O percurso passa pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde Moro dá aulas desde 2007, assim como pela 13ª vara da Justiça Federal de Curitiba, onde trabalha.
"Há muito interesse no trabalho do juiz Moro, é a figura mais conhecida, e durante o passeio explicamos o papel que tem cada um dos órgãos" envolvidos no processo, explicou Bibiana sobre o tour que em maio completará o primeiro aniversário de existência.
Também não são deixados de lado o Ministério Público Federal (MPF), sede de trabalho dos funcionários que trabalham na Lava Jato, ou a delegacia da Polícia Federal, onde são iniciadas as investigações e presos de maneira preventiva os acusados.
O prato forte vem com a visita externa ao Complexo Médico-Penal, onde estão presos alguns investigados e já julgados por envolvimento no esquema de corrupção. Dentro das instalações estão, entre outros, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
"Os corruptos, pouco a pouco, estão deixando de ser intocáveis", opiniou Bibiana.
A cereja do bolo é uma parada opcional no Museu Oscar Niemeyer, "onde há uma exposição com obras que foram confiscadas durante a operação", disse a empresária.
A mostra exibe 26 das 600 obras que foram recuperadas ao longo desses três anos pela Lava Jato, entre as quais se destaca um quadro do pintor espanhol Joan Miró e outro de Vik Muniz.
Diante das constantes novidades no caso, a empresa deve adaptar o tour "na medida em que o processo vá mudando" e segundo "as necessidades dos clientes" porque, segundo Bibiana, "ainda restam muitas peças pendentes" na investigação.
Perguntada sobre a idoneidade de oferecer este tipo de passeio sob o risco de projetar uma imagem negativa do país, a diretora da empresa considerou que a intenção é completamente oposta.
"É uma oportunidade que o Brasil tem de esclarecer as coisas. Não vejo como pode ser polêmico, vejo um tour que traz esperança, no qual as pessoas observam que as instituições funcionam e trabalham independentemente de quem estiver no governo", acrescentou.
A Agência Efe tentou entrar em contato com a Prefeitura de Curitiba para saber a opinião do governo, mas a resposta foi recusada.
O prato forte vem com a visita externa ao Complexo Médico-Penal, onde estão presos alguns investigados e já julgados por envolvimento no esquema de corrupção. Dentro das instalações estão, entre outros, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
"Os corruptos, pouco a pouco, estão deixando de ser intocáveis", opiniou Bibiana.
A cereja do bolo é uma parada opcional no Museu Oscar Niemeyer, "onde há uma exposição com obras que foram confiscadas durante a operação", disse a empresária.
A mostra exibe 26 das 600 obras que foram recuperadas ao longo desses três anos pela Lava Jato, entre as quais se destaca um quadro do pintor espanhol Joan Miró e outro de Vik Muniz.
Diante das constantes novidades no caso, a empresa deve adaptar o tour "na medida em que o processo vá mudando" e segundo "as necessidades dos clientes" porque, segundo Bibiana, "ainda restam muitas peças pendentes" na investigação.
Perguntada sobre a idoneidade de oferecer este tipo de passeio sob o risco de projetar uma imagem negativa do país, a diretora da empresa considerou que a intenção é completamente oposta.
"É uma oportunidade que o Brasil tem de esclarecer as coisas. Não vejo como pode ser polêmico, vejo um tour que traz esperança, no qual as pessoas observam que as instituições funcionam e trabalham independentemente de quem estiver no governo", acrescentou.
A Agência Efe tentou entrar em contato com a Prefeitura de Curitiba para saber a opinião do governo, mas a resposta foi recusada.