quarta-feira, 22 de maio de 2019

Jatos americanos interceptam bombardeiros russos no Alasca pelo segundo dia seguido

Jatos de combate americanos interceptaram na terça-feira (21) diversos bombardeiros russos no espaço aéreo internacional ao largo da costa do Alasca, disseram autoridades militares dos Estados Unidos nesta quarta (22). 
Este é a segunda vez em dois dias seguidos que caças americanos detêm aeronaves russas em uma zona que se estende por aproximadamente 320 quilômetros pela costa oeste do Alasca. A área constitui a chamada Zona de Identificação de Defesa Aérea, espaço aéreo ao redor dos EUA e do Canadá assim definido por razões de segurança destes países.
Caça americano F-22, modelo que interceptou bombardeiros russos - Yonhap/AFP
"A aeronave russa permaneceu no espaço aéreo internacional e em nenhum momento entrou no espaço aéreo soberano dos EUA ou Canadá", disse o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) em um comunicado publicado em uma rede social.
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Anteriormente, no dia 10 de maio, dois caças americanos interceptaram dois bombardeiros russos perto do Alasca, segundo relatos da imprensa.
De acordo com a CNN, os bombardeiros russos são vistos pelo Exército americano como parte de esforços de Moscou em treinar suas forças militares para uma eventual crise, ao mesmo tempo em que manda uma mensagem de força aos adversários.
Os bombardeiros Tu-95,  capazes de lançar ataques nucleares, voltaram a ser utilizados em 2007 pela Rússia.
Oficiais americanos dizem que aviões russos do tipo voaram diversas vezes na área nos últimos anos, sendo constantemente interceptados por jatos dos EUA e do Canadá.
Em fevereiro, em seu pronunciamento anual ao Parlamento, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Rússia responderá a qualquer instalação de armas nucleares de alcance intermediário na Europa ao mirar não só em países onde esses mísseis forem colocados, mas também aos Estados Unidos.
Putin disse que a Rússia não está buscando um confronto e não dará o primeiro passo para instalar mísseis, em resposta à retirada dos EUA do Acordo de Forças Nucleares de Alcance Intermediárias (INF, na sigla em inglês). Mas ele disse que a reação da Rússia a qualquer envio de mísseis será firme e que as autoridades norte-americanas devem calcular os riscos antes de tomarem tais medidas.​
Segundo o “Balanço Militar 2019”, do respeitado Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla inglesa), os Estados Unidos puxam crescimento global de gastos militares.

O Estado de São Paulo