O porcentual de brasileiros que se declaram fumantes voltou a cair no ano passado, atingindo o índice de 9,3%, contra 10,1% em 2017. É o que revelam dados inéditos da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde. O recorte sobre tabagismoserá divulgado nesta sexta-feira, 31, quando é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco.
A queda entre 2017 e 2018 é de 8,6%. Se comparada a mais recente proporção de fumantes com a de 12 anos atrás no País, a queda é ainda mais expressiva. Em 2006, 15,6% da população brasileira fazia uso de cigarro. No período, portanto, o número de fumantes no Brasil caiu mais de 40%.
Apesar da queda, há grupos e regiões nos quais o índice de tabagistas está bem acima da média nacional. Uma das diferenças mais expressivas é entre os sexos: o porcentual de homens fumantes (12,1%) é o equivalente ao dobro do de mulheres (6,9%).
Entre os diversos grupos etários, o de pessoas entre 55 e 64 anos são os que mais fumam (12,3%). Já a faixa etária seguinte (acima dos 65 anos) é a que concentra a menor proporção de tabagistas (6,1%).
Os brasileiros menos escolarizados são os que mais consomem cigarros. Cerca de 13% dos entrevistados com até oito anos de estudo têm esse hábito. No grupo de pessoas com 12 anos de estudo ou mais, esse índice cai para 6,2%.
Na análise por capitais, a pesquisa mostra que São Paulo é a segunda com o maior porcentual de fumantes (12,5%) do País, perdendo apenas para Porto Alegre (14,4%). Na outra ponta, como capitais com menos tabagistas, estão São Luís e Salvador. Cada uma tem apenas 4,8% de moradores fumantes.
Fabiana Cambricoli, O Estado de S. Paulo