A nova formação da direção nacional do PSDB, que realizará na sexta-feria sua convenção nacional, será marcada por uma mudança geracional de seus quadros e a entrada de representanes de novos segmentos da legenda.
Principal líder do partido, o governador de São Paulo, João Doria, participou diretamente da seleção dos nomes para a nova cúpula tucana e indicou jovens, além de nomes que nunca estiveram na linha de frente, mas que estão alinhados com seu projeto de disputar o Palácio do Planalto em 2022.
Filho do senador Cássio Cunha Lima, o deputado federal Pedro Cunha Lima, de 30 anos, vai assumir a presidência do Instituto Teotônio Vilela, braço teórico do partido. O Estado apurou que a vaga estava sendo disputada nos bastidores por caciques da legenda.
A senadora Mara Gabrilli será vice-presidente nacional do PSDB, o segundo cargo mais importante. Doria também "emplacou" na executiva tucana o aliado Orlando Morando, prefeito de São Bernardo do Campo.
O comando da legenda será ampliado para receber representantes de prefeitos de cidades médias e grandes e dos governadores. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, indicou Edson Aparecido para representá-lo.
Derrotado na eleição presidencial de 2018, o ex-governador Geraldo Alckmin terá um lugar na executiva como presidente de honra. O grupo dele, porém, perderá espaço.
O ex-deputado federal Bruno Araújo, que foi um dos principais líderes do movimento pelo impeachment de Dilma Roussef no Congresso, será aclamado presidente nacional do PSDB. Em entrevista ao Estado publicada nesta quarta, ele falou em "mudar comportamento de hesitação" e disse que o PSDB "não tem dono".
A convenção da sigla será na sexta-feira. Na ocasião também será lançado o primeiro código de ética tucano.
Pedro Venceslau, O Estado de S.Paulo