Líder do Cidadania (antigo PPS), Daniel Coelho (PE) diz que a escolha do relator foi uma sinalização importante para a reforma. Ele avalia que a indicação já estava atrasada e que isso foi importante para que o calendário da tramitação não seja tão prejudicado
— É importante que o relator seja do PSL, partido do presidente. Eles precisam protagonizar também na questão da reforma.É uma cobrança que havia. É importante que façam o trabalho na CCJ. Mais do que prudente essa indicação — disse o líder.
A opinião é compartilhada pelo líder do PSD, André de Paula (PE):
— Acho que ajuda, porque é do partido do presidente, e imagino que a escolha tenha tido o apoio do núcleo político do governo. A questão mais relevante na escolha é exatamente essa: que tivesse o apoio do governo, porque assim vai reunir a energia necessária para trabalhar ao lado dos partidos e construir maioria.
O líder do PSL, Delegado Waldir, acrescentou que o relator escolhido tem conhecimento jurídico e, por isso, preenche o perfil que havia sido definido.
— Como o PSL foi o primeiro partido a fechar questão no apoio da reforma, é natural que o nome seja do partido. E foi construído em diálogo com o Rodrigo Maia, demais partidos e a Casa Civil. Não foi um nome imposto — afirmou o parlamentar, destacando que a falta de experiência política possa ser um entrave — O diálogo na CCJ é técnico. Problema seria escolher um relator com outro perfil, sem conhecimento da legislação.
A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), elogiou a "capacitação técnica" do relator.
— Tínhamos alternativa em outros partidos, como PSDB e Novo. Havia vários nomes bons, mas um agradava só meia dúzia, outro nome agradava outra meia dúzia. Tinha que ser alguém que acreditasse no texto (da reforma) e tivesse conhecimento jurídico, e o Delegado Marcelo (Freitas) é doutor na área — afirmou Joice.
Bruno Góes e Marco Grillo, O Globo