Com o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, não tem essa de cai, cai, nem de se fingir nocauteado, nem de tentar dribles desnecessários pelo puro prazer de se exibir ou de humilhar os adversários.
Ele está mais para o Neymar de antes do PSG do que para o Neymar dos dois primeiros jogos da Copa da Rússia. Joga para o time – o que no caso dele, significa ater-se às próprias convicções. E marca gols. Somente esta semana marcou dois no PT.
O primeiro quando enviou ao plenário do tribunal o pedido da defesa de Lula para que ele fosse solto. Na 2ª Turma, da qual faz parte, Fachin teria sido derrotado porque está em minoria. E a essa altura, Lula estaria em casa para assistir Argentina x França.
O segundo gol foi marcado por pura sorte – mas quem vence sem sorte? A defesa de Lula entrou com uma reclamação pedindo a anulação do ato anterior de Fachin. Sorteado para relatar a reclamação, o ministro Alexandre de Moraes decidiu arquivá-la.
A semana terminaria com 2 a 0 contra Lula no Supremo. Mas aí o ministro Gilmar Mendes ampliou o placar. Recusou outro pedido da defesa de Lula para que se rediscutisse a questão da prisão em segunda instância. Não que Gilmar seja a favor dela. Não é.
Já foi. Já votou a favor. E já mudou de posição. Ele joga em todas. Mas Gilmar prefere esperar para acabar com a prisão em segunda instância quando a ministra Cármen Lúcia, em setembro próximo, for substituída na presidência do tribunal pelo ministro Dias Toffoli.
Gilmar, Toffoli e o ministro Ricardo Lewandowski mandam no jogo na 2ª Turma e esperam mandar em breve no plenário do tribunal.
Com Blog do Noblat, Veja